Como policial planejou estupro e assassinato de jovem em crime que chocou Reino Unido

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Crédito, Família Everard
Corpo de Sarah Everard foi encontrado escondido na floresta
Ele já havia admitido o sequestro, estupro e assassinato da jovem quando compareceu ao tribunal há vários meses.
Mas foi apenas durante sua sentença que todos os detalhes de seu crime foram revelados ao público.
Sarah estava voltando da casa de um amigo em Clapham, um bairro de classe média no sul de Londres, por volta das 21h30 (17h30 de Brasília) no dia 3 de março, quando foi sequestrada.
A escolha da vítima foi aleatória, mas o ataque foi planejado.
Ao anunciar o veredito, o juiz Adrian Sulford disse que houve “planejamento e premeditação significativos” por parte de Couzens.
O policial havia “planejado há muito tempo um ataque sexual violento a uma vítima ainda a ser selecionada”, que ele pretendia coagir sob sua custódia, acrescentou o juiz.
Couzens passou pelo menos um mês viajando de Deal, no condado de Kent, onde morava para Londres, para pesquisar a melhor forma de cometer seus crimes.
Vários dias antes do ataque, ele alugou um carro, que usaria para o sequestro, bem como um rolo de fita adesiva para carpete anunciado na multinacional de comércio eletrônico Amazon.
Depois de terminar um turno de 12 horas na embaixada dos Estados Unidos naquela manhã, Couzens, que integrava a unidade policial de proteção a parlamentares e diplomatas, saiu “à caça” de uma jovem solitária para sequestrar e estuprar, informou a promotoria.
Durante a audiência, foi revelado como Couzens usou o conhecimento que adquiriu trabalhando nas patrulhas da covid em janeiro e seu distintivo policial para enganar sua vítima sob o pretexto de uma prisão falsa por violação das regras do coronavírus.
O policial de 48 anos, que atuava na profissão desde 2002, algemou Sarah antes de colocá-la no carro e ir embora.
O sequestro foi testemunhado por um casal que passava de carro — mas eles acreditavam ter visto um policial disfarçado realizando uma prisão legítima, por isso não intervieram.
Todo o sequestro demorou menos de cinco minutos.
Crédito, Polícia Metropolitana de Londres
Imagens de câmeras de segurança exibidas durante julgamento mostram Couzens e Sarah ao lado de um veículo na Poynders Road em Clapham
Couzens então dirigiu para Dover em Kent, onde transferiu Sarah para seu próprio carro, antes de viajar para uma remota área rural próxima.
Foi lá que ele estuprou e assassinou sua vítima — estrangulando-a com seu cinto de polícia.
Às 2h31, Couzens havia deixado o local e imagens de câmaras de segurança o flagraram em um posto de gasolina comprando bebidas.
Ele visitou o local onde depositou o corpo de Sarah duas vezes, saindo pouco antes do amanhecer.
No dia seguinte, à medida que a busca por ela aumentava, Couzens comprou gasolina, que usou para queimar o corpo dela dentro de uma geladeira.
Ele também comprou dois sacos de entulho verde, que usou para despejar os restos em um lago perto de um terreno que possuía em uma área de floresta.
Uma semana depois de seu desaparecimento, o corpo de Everard foi encontrado em um riacho, a poucos metros da propriedade de Couzens.
Enquanto isso, Couzens voltou à vida normal, realizando atividades cotidianas como ligar para o veterinário.
Dias depois, ele até levou sua esposa e dois filhos para uma viagem em família à floresta onde havia queimado o corpo de sua vítima.
Porém, no dia 8 de março, dia em que deveria voltar ao trabalho, informou que estava doente.
No dia seguinte, foi preso em sua casa em Deal.
Em uma breve conversa com a polícia, ele contou uma história falsa sobre ter sido ameaçado por uma gangue de criminosos do Leste Europeu. Couzens alegou que foi obrigado a entregar-lhes “outra garota” depois que não tinha pagado uma prostituta algumas semanas antes.
Crédito, Família Everard
Jeremy Everard pediu que esta fotografia de sua filha fosse mostrada durante julgamento
Por isso, segundo ele, sequestrou Sarah, dirigiu para fora de Londres e a entregou a três homens em uma van em um acostamento em uma rodovia em Kent, enquanto ela estava viva e ilesa.
Mas depois que o corpo da jovem foi descoberto em um lago a apenas 130 metros de um terreno de Couzens, ele acabou acusado pelo sequestro e assassinato dela.
Couzens desde então foi demitido pelo Met (polícia metropolitana, também conhecida como Scotland Yard), mas a corporação vem sendo questionada por que nada fez para evitar seu comportamento predatório.
Depois do assassinato de Sarah, o órgão que fiscaliza a polícia anunciou que estava apurando supostas falhas do Met para investigar dois incidentes de denúncia de indecência ligados a Couzens em fevereiro.
Crédito, Chris Boucher
Couzens possuía terreno em Hoads Wood, onde queimou corpo de Sarah
O Independent Office for Police Conduct também investiga falhas similares que teriam sido cometidas pela polícia de Kent sobre um incidente relacionado a Couzens em 2015.
Couzens transferido para a Met em 2018, da Polícia Civil Nuclear, onde trabalhava desde 2011.
Também tem crescido a pressão para a renúncia de Cressida Dick, chefe da Met. Ela é a primeira mulher — e a primeira pessoa abertamente homossexual — a ocupar o posto.
Não é a primeira crise que ela enfrenta, contudo. Em 2005, após os atentados terroristas em Londres, ela foi a responsável por comandar a operação que resultou na morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, confundido com um dos extremistas que havia participado dos ataques.
Crédito, PA Media
Assassinato de Sarah por policial da Met renovou pressões por renúncia de chefe da polícia, Cressida Dick
Um julgamento subsequente considerou a Polícia Metropolitana culpada de colocar o público em risco, mas isentou Cressida. Posteriormente, ela descreveu o assassinato como “um momento terrível”.
“Penso nisso com bastante frequência. Gostaria, desejo, desejo que não tivesse acontecido, é claro”, disse.
Crédito, PA Media
Tenda foi montada enquanto polícia vasculhava floresta perto de Great Chart, Kent
Dois anos depois, começou a trabalhar para o Comando de Proteção Parlamentar e Diplomática como oficial autorizado a portar armas de fogo em instalações diplomáticas no centro de Londres.
Em julho, aparecendo por link de vídeo da prisão de alta segurança de Belmarsh, Couzens se declarou culpado pelo assassinato.
Na quarta-feira (27/9), ele compareceu ao tribunal novamente — desta vez pessoalmente — para uma audiência de condenação de dois dias.
Lá, Couzens se encontrou, pela primeira vez, com a mãe, o pai e a irmã de Sarah, que descreveram ao tribunal o tormento de perder seu ente querido em circunstâncias tão horrendas.
O pai de Sarah, Jeremy, exigiu que Couzens olhasse para ele enquanto dizia ao assassino que nunca poderia perdoá-lo por levar sua filha embora.
Sua mãe, Susan, disse que estava “atormentada” ao pensar no que sua “preciosa garotinha” havia suportado.
Crédito, Polícia Metropolitana de Londres
Wayne Couzens admitiu estupro e assassinato de Sarah
“Não paro de pensar na sequência de eventos. Me pergunto quando ela percebeu que estava em perigo mortal”, disse ela ao tribunal.
“Queimar seu corpo foi o insulto final. Nunca mais vamos poder ver seu rosto doce e nunca dizer adeus”.
“Nossas vidas nunca mais serão as mesmas. Devíamos ser uma família de cinco pessoas, mas agora somos quatro. A morte dela deixou um abismo enorme em nossas vidas que não pode ser preenchido.”
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Fonte Notícia