Na ONU, Brasil defende o fim da guerra na Ucrânia: “Há tempo de parar”

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Durante a sessão emergencial da Assembleia Geral Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir a punição de Vladimir Putin, o embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, não assumiu um postura agressiva contra a Rússia, mas defendeu o fim dos conflitos.
Líderes estão reunidos no início da tarde desta segunda-feira (28/2) na sede da ONU, em Nova York. Costa Filho foi enfático: “Ainda há tempo de parar a guerra. Reiteramos nosso pedido para um cessar-fogo imediato”, frisou. O embaixador acrescentou: “Há uma intensificação rápida [dos ataques], que coloca toda a humanidade em risco”.
Conselho de Segurança da ONU votou nesse domingo (27/2) para realizar uma rara sessão especial de emergência da Assembleia Geral para discutir o ataque da Rússia à UcrâniaMichael M. Santiago/Getty Images

Na última quinta-feira (24/2), Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, pediu o apoio de todos os militares e da população. Além disso, afirmou que está distribuindo armas para que todos possam se defenderAytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images

Forças de segurança ucranianas aumentam as medidas em meio a ataques russos em Kiev, UcrâniaAytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images

Medidas de segurança são tomadas enquanto o ministro de Assuntos Internos da Ucrânia, Denys Monastyrskyi, fala com membros da imprensa na capitalAytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images

Membros das forças ucranianas inspecionam carros e analisam se algo parece suspeito nas ruas de KievAytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images

Quatro navios de guerra (o navio de abastecimento Tender “Elbe” l e três caça-minas) deixam o porto de Kiel para reforçar o flanco norte da OTAN no Mar Báltico. A razão atual para esta medida é a escalada da crise Rússia-Ucrânia e a crescente ameaça percebida pelos parceiros da Alemanha na Europa Oriental em particularAxel Heimken/picture aliança via Getty Images

Policiais procuram homem suspeito em um posto de controle em Kiev, capital da Ucrânia. Nesta segunda (28/2), Leste Europeu vive o quinto dia de bombardeios. A escalada da violência na guerra tem atingindo militares e civis, que estão sob o risco do uso de armas nuclearesChris McGrath/Getty Images

Nesta segunda-feira (28/2), o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy assinou o contrato de pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia. Abdulla Shahid, presidente da Assembleia Geral da ONU, defendeu um cessar-fogo imediato. “Temos de parar a guerra imediatamente”, frisouPresidência Ucraniana/Agência Anadolu via Getty Images

Pedido oficial foi feito com o apoio de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia: “Eles são um de nós e nós os queremos”Reprodução
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O diplomata brasileiro defendeu a aprovação da resolução que pune a Rússia e prevê a retirada imediata das tropas russas da Ucrânia. “Lamentamos que a minuta não tenha sido aceita. O Conselho ainda não exauriu todas as alternativas diplomáticas solução”, avaliou.
O embaixador saiu em defesa também da da Assembleia Geral da ONU de emergência “pela necessidade de dar voz para buscarmos uma solução para a crise dentro e ao redor da Ucrânia”. Ele alertou que o que está acontecendo na Ucrânia pode se alastrar pelo mundo.
“Precisamos de medidas para nos salvar da guerra. Precisamos ser cautelosos na Assembleia. Há uma série de eventos que, se não forem contidos, nos levaram ao um contexto mais grave. Essa situação não justifica o uso de força contra a soberania”, salientou.
Costa Filho citou a carta da ONU e afirmou que os países devem fazer “tudo ao alcance” para parar e reverter a situação.
“Nosso pedido é para os líderes reavaliarem as suas decisões de ataques cibernéticos e sanções, que podem comprometer o mundo na economia e no abastecimento alimentar. Medidas podem ser implementadas sem comprometer a todos”, defendeu.
O embaixador expressou a gratidão aos países que facilitaram a saída das pessoas que fugiram do confronto, inclusive brasileiros. Ele finalizou. “Há a firme necessidade de buscar uma resolução do conflito na Ucrânia. Uma solução diplomática criará uma situação de segurança para todos os envolvidos no conflito”.

Apesar de existirem diversas organizações internacionais, algumas se destacam pela importância geopolítica. A ONU, Otan, OEA, FMI, OMC e o Banco Mundial são exemplos. Conheça mais sobre algumas das principais siglas globais a seguirNurPhoto/ Getty Images

Criada no fim da 2ª Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) é considerada o organismo internacional mais importante da atualidade. Constituída por 193 países membros e sediada em Nova York, nos EUA, a ONU detém, aproximadamente, orçamento de 6 bilhões de dólares e tem como principal objetivo manter a paz entre as naçõesStefan Cristian Cioata/ Getty Images

Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial. Atualmente, é uma instituição que tem como objetivo intervir em conflitos armados para assegurar direitos dos países membros. É composta por 30 países, localizados principalmente na EuropaAnadolu Agency / Getty Images

A Organização dos Estados Americanos (OEA) é composta por 35 países localizados no continente americano. Tem como objetivo garantir a segurança e a paz no continente, promover a democracia, assegurar os direitos humanos e fortalecer a cooperação entre os povosAPHOTOGRAFIA/ Getty Images

O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma instituição financeira que funciona como um banco que fornece empréstimos a países que o solicitam. Criada em 1944, hoje é composta por 188 países e o orçamento do FMI vem dos próprios membros. A lógica é: quanto mais contribuem, maior é o poder de decisãoSOPA Images / Getty Images

A Organização Mundial de Saúde (OMS), agência especializada das Nações Unidas, foi criada em 1948 e tem como objetivo elaborar padrões internacionais na área da saúde e incentivar a cooperação entre os países. Composta por 194 países membros, a OMS tem mais de 150 escritórios espalhados pelo mundo e a sede está localizada em Genebra NurPhoto/ Getty Images

Banco Mundial é uma instituição financeira vinculada à ONU e que possui autonomia própria. Inicialmente criada com o objetivo de conceder empréstimos a países da Europa devastados pela 2ª Guerra, atualmente tem como finalidade realizar empréstimos a países da América, da África e da ÁsiaDivulgação

Fundada em 1995, a Organização Mundial do Comércio (OMC) é uma instituição que tem como objetivo promover a liberalização mundial do comércio e impedir que uma nação imponha elevadas tarifas para produtos estrangeiros a fim de favorecer a indústria local. É formada por 164 países membros e é o organismo que funciona como instância máxima para julgar questões entre os EstadosWestend61/ Getty Images

Composta por 38 nações, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma instituição criada com o objetivo de incentivar o desenvolvimento econômico dos países membros e o comércio mundialWilliam STEVENS / Getty Images

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é uma instituição que tem como função fiscalizar, regulamentar e avaliar as relações de trabalho existentes no mundo. É composta por 185 países, representantes sindicais, trabalhistas e empresas empregadorasSOPA Images / Getty Images
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Quinto dia de ataques
A Ucrânia vive o quinto dia de ataques . Kiev, capital e coração do poder, e Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, estão sob forte bombardeio. Civis foram alvejados pelas tropas russas.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lamentou o momento que a Ucrânia tem vivido, com civis como alvos. “Essa situação é completamente inaceitável. Os soldados devem sair das trincheiras e os líderes buscarem a paz”, defendeu.
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê a possível entrada do vizinho na organização como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existem desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

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