Zelensky é aplaudido no Parlamento Europeu: “Provem que estão conosco”
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu, nesta terça-feira (1º/3), para que os países da União Europeia “provem” que estão ao lado do povo ucraniano e que não abandone o país que tem sido palco de um conflito com a Rússia. Durante discurso no Parlamento europeu, Zelensky disse que o bloco será mais forte com a Ucrânia. A fala do político vem em um dia em que as forças russas chegam com mais força à Kiev, um míssil atingiu um prédio governamental em Kharkiv e o ataque a uma base matou 70 militares ucranianos.
“Estamos lutando pela nova sobrevivência e essa é a maior motivação de todas. E queremos ser membros igualitários da Europa. Nós acreditamos que, hoje, nós estamos mostrando quem somos. A União Europeia será mais forte conosco. E com isso nós provamos a nossa força na Ucrânia”, discursou, em um telão, direto do Palácio do Governo, em Kiev, para Bruxelas.
Segundo ele, a Ucrânica “provou” que é da Europa. “Então, provem que estão conosco. Provem que vocês não nos abandonarão. Provem que vocês são europeus. E assim a vida vencerá a vida e a luz vencerá a escuridão”, afirmou o presidente ucraniano. No fim do discurso, ele foi aplaudido de pé pelos membros presentes no Parlamento Europeu, em Bruxelas.
A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerraAnastasia Vlasova/Getty Images

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito Agustavop/ Getty Images

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho e evitar avanços de possíveis adversários nesse localPawel.gaul/ Getty Images

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 kmGetty Images

O presidente russo, Vladimir PutinAndre Borges/Esp. Metrópoles

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do paísPoca/Getty Images

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiroKutay Tanir/Getty Images

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta OTAN/Divulgação

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por territórioAFP

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu territórioElena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do EstadoWill & Deni McIntyre/ Getty Images

Segundo especialistas, o conflito teria potencial para impactar economicamente o mundo inteiro. Os países da Europa Ocidental, por exemplo, temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários delesVostok/ Getty Images

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo Vinícius Schmidt/Metrópoles
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“Terrorismo de Estado”
Mais cedo, durante pronunciamento em rede nacional, Zelensky comentou os ataques russos à Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. Durante a madrugada, um prédio do governo regional de Kharkiv foi atingido por um míssil. É um alvo civil que atinge a segunda maior cidade da Ucrânia. Segundo o jornal inglês The Guardian, o ataque foi uma tentativa de matar o governador de Kharkiv e sua equipe.
Para Zelensky, a Rússia cometeu um “terrorismo de Estado”. Ele pediu para que a comunidade internacional responsabilize o governo russo pelos ataques.
“É um terrorismo contra a cidade, terrorismo contra Kharkiv e contra o povo ucraniano. […] Isso é um terrorismo aberto e ostensivo. Não será perdoado e não será esquecido. Isso é um terrorismo estatal da Rússia. A Rússia é um país terrorista que tem que ser reconhecido oficialmente como tal. Pedimos a todos os países do mundo par reagir e reconhecer que a Rússia está fazendo um terrorismo e precisamos que ela seja responsabilizada em todos os tribunais internacionais”, declarou.
“O objetivo do terror é nos quebrar, é quebrar a nossa resistência. Eles estão chegando à nossa capital [Kiev], depois de passar por Kharkiv. E a defesa da capital é uma prioridade para o Estado. Em todas as cidades, a Ucrânia deve fazer tudo o que pode para interromper esse inimigo”, prosseguiu o ucraniano.
Veja as imagens:
🚨 Explosão atinge sede do governo de Kharkiv, na Ucrânia.
Cidade é a segunda maior do país. Ataque foi registrado por volta das 3 da manhã, no horário de Brasília. pic.twitter.com/1vPLpfs5kc
— Metrópoles (@Metropoles) March 1, 2022
Missile attack on the Kharkiv regional administration, Sumska 64. Grad shelling at residential areas. Putin now in total war with Ukraine. pic.twitter.com/eXyfA4E4YI
— Maria Avdeeva (@maria_avdv) March 1, 2022
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