Publicidade

11 de Setembro: ’20 anos depois, é provável que EUA e Talebã se aliem no combate ao terror’, diz ex-analista do FBI

[ad_1]

  • Mariana Sanches – @mariana_sanches
  • Da BBC News Brasil em Washington

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Soldados americanos em Herati, no Afeganistão, em 2009; especialista em contra-terrorismo dos EUA afirma que aliança com Talebã se tornou necessária em nome da segurança doméstica do Ocidente

Vinte anos atrás, quando duas aeronaves atingiram os prédios do World Trade Center, em Nova York, os Estados Unidos juraram “caçar” os responsáveis pela morte de quase 3.000 cidadãos em seu próprio território. Naquele momento, os alvos eram o grupo extremista Al Qaeda, comandado por Osama Bin Laden, que operara os aviões usados no episódio e o governo do Talebã, no Afeganistão, que dera guarida para os combatentes da Al Qaeda. Era o início da guerra mais longa da história americana.

Em 2021, depois da retirada caótica das tropas americanas do país e da ascensão meteórica do mesmo Talebã de volta ao poder no país do sul asiático, a história parece prestes a produzir mais uma reviravolta: EUA e Talebã se tornariam aliados no combate a grupos extremistas como a Al Qaeda e o Estado Islâmico.

Um cenário inimaginável há 20 anos, quando o Exército americano lançava sua mais pesada artilharia para abater o governo Talebã. Para o especialista em contra-terrorismo dos EUA Javed Ali, esse é um desfecho “muito provável”. Atualmente professor na Faculdade de Políticas Públicas da Universidade de Michigan, Ali tem mais de 20 anos de experiência como analista de segurança para o governo dos EUA. Nesse período, ele trabalhou na Agência de Inteligência de Defesa, no Departamento de Segurança Doméstica e no FBI. Passou ainda pelo Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, durante a Presidência de Donald Trump.

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto,

Javed Ali, um dos conselheiros de defesa nacional no primeiro ano do governo de Donald Trump, em foto na Casa Branca

Ali esteve entre os analistas que desaconselharam a guerra do Iraque, por exemplo. Sua posição foi vencida pelos interesses políticos da gestão do então presidente George W. Bush. À BBC News Brasil ele deslinda uma série de erros táticos cometidos pelos americanos nos últimos 20 anos que levaram ao surgimento do Estado Islâmico e à dramática evacuação dos EUA de solo afegão nas últimas semanas.

[ad_2]

Source link