Aborto: as mulheres condenadas à prisão por término espontâneo da gravidez

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  • Valeria Perasso e Fernando Duarte
  • BBC World Service

Crédito, Jennifer Lacayo/Divulgação

Legenda da foto,

Karen foi condenada a 30 anos de prisão em El Salvador, em 2015 após ser acusada de praticar um aborto

Quando Karen acordou em um hospital de El Salvador, ela notou que estava algemada à cama e que havia policiais ao lado do leito.

“Havia um monte de gente ao redor dizendo que eu tirei a vida de meu bebê e que eu iria ‘pagar pelo que eu tinha feito’, conta à BBC.

Ela havia precisado de atendimento de emergência após complicações na gravidez. Mas Karen, que tinha 22 anos à época, acabou acusada de ter realizado o aborto. “Tentei explicar o que tinha acontecido, mas eles não quiseram ouvir. Eu já havia sido julgada e sentenciada ali.”

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O país natal de Karen, El Salvador, é um dos lugares com as leis mais duras do mundo contra aborto. O pequeno país da América Central, com 6,5 milhões de habitantes, proíbe todas as formas de interrupção da gravidez, inclusive em casos de estupro, incesto ou risco à vida da mãe.

Fonte Notícia: www.bbc.com

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