Após noite “tranquila” na Ucrânia, Rússia promete novo cessar-fogo
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Sirenes alertando para bombardeios aéreos soaram na capital, Kiev, e em outras cidades ucranianas na madrugada de terça (8/3) para quarta (9/3). Apesar disso, um conselheiro do ministro de Assuntos Internos da Ucrânia, Vadym Denysenko, disse para a mídia local que a noite foi “relativamente calma” se comparada com as anteriores, quando foram registrados diversos ataques no país.
Ainda segundo Denysenko, o combate aos invasores russos foi mais intenso em Kharkiv. Autoridades e testemunhas também relataram, nas redes sociais, alertas de bombardeios em Kiev, Zhytomyr, Chernihiv, Vasylkiv e Vinnytsia.
Segundo o Ministério de Assuntos Internos, como resultado de um ataque aéreo inimigo em Malyn, região de Zhytomyr, cinco pessoas foram mortas, duas delas crianças recém-nascidas. Também em Kharkiv, mas na aldeia de Dinets, um míssil atingiu um edifício residencial durante um ataque aéreo, matando duas pessoas.
Diante do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, o termo “corredores humanitários” tem sido utilizado no noticiário internacional para se referir à retirada de civis da área de conflito e para o fornecimento de suprimentos para as regiões ucranianas dominadas por tropas russasGetty Images

Os corredores são zonas desmilitarizadas, ou seja, não são ocupadas por forças militares e funcionam como uma forma de acesso legal dos civis a áreas fora da guerraGetty Images

A Organização das Nações Unidas (ONU) considera os corredores humanitários uma das formas possíveis de uma pausa temporária em um conflito armadoGetty Images

Os corredores são necessários quando as cidades estão sitiadas e a população está sem suprimentos básicos de alimentos, eletricidade e água. Para funcionar, todas as partes envolvidas no conflito concordam com a pausa temporáriaGetty Images

Na maioria dos casos, os corredores humanitários são negociados pela ONU. Às vezes, eles também são criados por grupos locaisGetty Images

Eles podem ser usados também para contrabandear armas e combustível para cidades sitiadas. Por outro lado, observadores da ONU, ONGs e jornalistas os utilizam para obter acesso a áreas contestadas Getty Images

O acesso aos corredores humanitários é determinado pelas partes em conflito. Geralmente, é limitado a atores neutros, à ONU ou a organizações de ajuda como a Cruz VermelhaGetty Images

Eles também determinam o tempo, a área e quais meios de transporte – caminhões, ônibus ou aviões – podem usar o corredorGetty Images

Corredores humanitários foram criados desde meados do século 20. Durante o chamado “Kindertransport”, de 1938 a 1939, crianças judias foram evacuadas para o Reino Unido de áreas sob controle nazistaGetty Images

Corredores humanitários também foram criados durante o cerco a Sarajevo, na Bósnia, entre 1992 e 1995, e para a evacuação da cidade de Ghouta, na Síria, em 2018 Getty Images

Em casos raros, as zonas são organizadas apenas por uma das partes em conflito. Isso aconteceu com o transporte aéreo americano após o bloqueio de Berlim pela União Soviética, de 1948 a 1949 Getty Images
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Nova proposta de cessar-fogo
Com a guerra chegando ao 14º dia nesta quarta, muitas cidades ucranianas já padecem da falta de itens fundamentais, como comida, água e gás para aquecimento. Desde o fim de semana, discussões sobre evacuação de civis e abertura de corredores humanitários se tornaram uma agenda prioritária na guerra.
Nesta quarta, a Rússia propôs à Ucrânia a manutenção de zonas de cessar-fogo humanitário em Kiev, Chernigov, Sumy, Kharkiv e Mariupol a partir de 9h no horário local.
A Ucrânia, porém, reagiu de maneira cética. “É difícil confiar no invasor”, diz um comunicado das forças armadas da Ucrânia divulgado já na manhã desta quarta (são cinco horas a mais que Brasília).
Os ucranianos acusam os russos de diversos descumprimentos do cessar-fogo nos últimos dias, como um bombardeio ao trajeto entre Mariupol e Zaporozhye.
Na tarde desta terça, a Ucrânia avaliou que a retirada de civis da cidade de Mariupol “fracassou novamente“. A Rússia havia concordado manter uma zona de fuga na região, mas o governo ucraniano informou que bombas foram jogadas na rota dos ônibus que transportavam refugiados, comida e remédios.
Em Sumy, pelo menos cinco mil civis conseguiram ser retirados, mas os ucranianos relataram um bombardeio que resultou em mortes de refugiados.
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Fonte Notícia