Belarus mandará soldados em apoio à Rússia na Ucrânia, diz jornal
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Belarus, país comandado pelo ditador Aleksandr Lukashenko, pode se juntar à invasão russa na Ucrânia ainda nesta segunda-feira (28/2), segundo informações do jornal The Washington Post.
O país, aliado próximo do presidente russo, Vladimir Putin, estaria se preparando para enviar soldados à Ucrânia para apoiar a Rússia no conflito, que já dura cinco dias. A informação foi confirmada pelo Washington Post por uma autoridade do governo dos Estados Unidos, que preferiu manter sua identidade preservada.
A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerraAnastasia Vlasova/Getty Images

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito Agustavop/ Getty Images

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho e evitar avanços de possíveis adversários nesse localPawel.gaul/ Getty Images

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 kmGetty Images

O presidente russo, Vladimir PutinAndre Borges/Esp. Metrópoles

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do paísPoca/Getty Images

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiroKutay Tanir/Getty Images

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta OTAN/Divulgação

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por territórioAFP

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu territórioElena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do EstadoWill & Deni McIntyre/ Getty Images

Segundo especialistas, o conflito teria potencial para impactar economicamente o mundo inteiro. Os países da Europa Ocidental, por exemplo, temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários delesVostok/ Getty Images

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Nesse domingo (27/2), o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, já havia afirmado que o ditador de Belarus planejava invadir o território ucraniano, em aliança com Putin.
“A qualquer momento Lukashenko pode dar a ordem para que o exército entre pela fronteira com a Ucrânia. Desde o início [dos confrontos], o território de Belarus foi usado para agressões”, denunciou Kuleba em pronunciamento ao vivo.
Horas depois, um assessor do ministro do Interior da Ucrânia chegou a afirmar a agências internacionais que Belarus iniciou os ataques ainda no domingo, com o lançamento de mísseis contra o território ucraniano. Se confirmada, a invasão deve inviabilizar as negociações de um cessar fogo anunciadas neste fim de semana, previstas para acontecer na fronteira entre Ucrânia e Belarus.
Colocando ainda mais fogo no barril de pólvora em que vive o Leste Europeu, Belarus anunciou na noite de domingo o resultado de um referendo que permite que o país altere a Constituição do país para revogar o status não nuclear de Belarus. A medida pode beneficiar o governo de Vladimir Putin, permitindo que a Rússia coloque armas nucleares em território bielorusso.
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