Biden proíbe compra de petróleo russo nos EUA
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, proibiu a compra do petróleo russo. Essa é mais uma medida para pressionar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de modo que ele pare os bombardeios contra a Ucrânia.
Nesta terça-feira (8/3), em pronunciamento transmitido ao vivo de Washington, Biden voltou a declarar apoio ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e afirmou que as sanções econômicas estão “estrangulando” a Rússia.
“Os Estados Unidos produzem mais petróleo do que todos os países da Europa juntos. Nossas equipes estão discutindo como isso [proibição] irá acontecer. Nossa ideia é continuar causando prejuízos do Putin. A defesa da liberdade tem um custo. E um custo para nós americanos”, frisou.
A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerraAnastasia Vlasova/Getty Images

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito Agustavop/ Getty Images

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho e evitar avanços de possíveis adversários nesse localPawel.gaul/ Getty Images

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 kmGetty Images

Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país caso os ucranianos não desistissem da ideiaAndre Borges/Esp. Metrópoles

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do paísPoca/Getty Images

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiroKutay Tanir/Getty Images

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta OTAN/Divulgação

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por territórioAFP

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu territórioElena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do EstadoWill & Deni McIntyre/ Getty Images

O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários delesVostok/ Getty Images

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Biden ressaltou que os americanos estão enviando ajuda à Ucrânia e que o apoio não se restringe a sanções econômicas, mas também dinheiro e equipamentos militares. “Na última semana, conversei com o presidente Zelensky para saber como ajudar o povo ucraniano”, salientou.
O presidente americano disse que o preço dos combustíveis vai subir nos Estado Unidos e no mundo. “Entendemos que a guerra de Putin está elevando os preços, mas isso não é desculpa para que as empresas elevem sobremaneira os preços”, concluiu.
Gás russo
O governo russo ameaçou parar de vender gás à Europa se tiver petróleo boicotado no mercado internacional. Líder na produção mundial, a Rússia enfrenta sanções econômicas de países do Ocidente — uma tentativa de frear a guerra na Ucrânia.
Já a União Europeia disse que também pode interromper em até dois terços a importação do gás russo. A decisão deve vir em uma cúpula de líderes, ainda esta semana, em Paris. O problema é que a Europa é muito dependente do produto vindo da Rússia. E os EUA, mesmo importando pouco petróleo de Moscou, corre o risco de subir muito o preço do barril com esse corte no comércio.
O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, chegou a afirmar que essa sanção mundial poderia fazer com que o preço do barril chegasse a US$ 300. Por volta das 11h de hoje, o petróleo Brent atingiu o preço de US$ 128,90.
Assim, o Kremlin, sede do governo russo, disse que pode fechar o principal duto de gás do país até a Alemanha se os países do Ocidente proibirem a compra de petróleo russo.
Cerca de 40% do gás e de 30% do petróleo consumidos na União Europeia são de origem russa, segundo a BBC. A Rússia é o maior exportador de óleo e gás natural do mundo.
Os Estados Unidos estudam comprar o produto da Venezuela, do Irã e da Arábia Saudita, com o objetivo de isolar o presidente Vladimir Putin. Segundo a agência internacional de notícias Bloomberg, o mandatário norte-americano, Joe Biden, já está decido a proibir a compra do petróleo russo.
Nenhum conflito armado tem efeitos restritos ao front. Quando o assunto é economia, o mundo assiste à disparada do preço do petróleo e se preocupa.
“Consequências catastróficas”
Uma rejeição do óleo russo pode levar a consequências catastróficas para o mercado global, disse o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak. Segundo ele, o preço do barril poderia mais do que dobrar e chegar a US$ 300.
Apesar da tensão no mercado, o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammad Sanusi Barkindo, admite que a entidade precisa ajudar todos os países parceiros, mas avalia que a ameaça russa vai “evaporar” pelo mercado.
O governo ucraniano confirmou que civis já fogem de duas cidades. Eles usam os corredores verdes, que são rotas humanitárias onde não há bombardeios.
Nesta terça-feira (8/3), em pronunciamento gravado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zenlensky, reafirmou que está em Kiev, capital e coração do poder, e passou uma mensagem de esperança.
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