Com falta de alimentos, Ucrânia proíbe exportação de carnes e grãos
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Invadida pela Rússia há 14 dias, a Ucrânia tem no desabastecimento de comida para os habitantes de áreas conflagradas um grande problema. Na capital, Kiev, e em praticamente todas as regiões, já faltam alimentos e água nos comércios que permanecem abertos.
Em meio ao risco de crescente escassez, o governo do país europeu proibiu a exportação de diversos gêneros alimentícios e limitou a de outros, que agora só poderão ser vendidos com autorização expressa do Ministério da Economia.
As exportações de carne, centeio, aveia, trigo sarraceno, açúcar e sal deverão ser interrompidas imediatamente. Já a venda ao exterior de trigo, milho, aves, ovos e óleo precisará de autorização.
A decisão tem repercussão internacional porque, junto com a Rússia, a Ucrânia é responsável por cerca de um terço das exportações globais de trigo. Agora, o país atacado impõe restrições e o país agressor é alvo de sanções econômicas no mundo inteiro.
Com isso, a preocupação em torno do trigo se soma aos problemas com a exportação de petróleo e de gás da Rússia para o resto do mundo.
Diante do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, o termo “corredores humanitários” tem sido utilizado no noticiário internacional para se referir à retirada de civis da área de conflito e para o fornecimento de suprimentos para as regiões ucranianas dominadas por tropas russasGetty Images

Os corredores são zonas desmilitarizadas, ou seja, não são ocupadas por forças militares e funcionam como uma forma de acesso legal dos civis a áreas fora da guerraGetty Images

A Organização das Nações Unidas (ONU) considera os corredores humanitários uma das formas possíveis de uma pausa temporária em um conflito armadoGetty Images

Os corredores são necessários quando as cidades estão sitiadas e a população está sem suprimentos básicos de alimentos, eletricidade e água. Para funcionar, todas as partes envolvidas no conflito concordam com a pausa temporáriaGetty Images

Na maioria dos casos, os corredores humanitários são negociados pela ONU. Às vezes, eles também são criados por grupos locaisGetty Images

Eles podem ser usados também para contrabandear armas e combustível para cidades sitiadas. Por outro lado, observadores da ONU, ONGs e jornalistas os utilizam para obter acesso a áreas contestadas Getty Images

O acesso aos corredores humanitários é determinado pelas partes em conflito. Geralmente, é limitado a atores neutros, à ONU ou a organizações de ajuda como a Cruz VermelhaGetty Images

Eles também determinam o tempo, a área e quais meios de transporte – caminhões, ônibus ou aviões – podem usar o corredorGetty Images

Corredores humanitários foram criados desde meados do século 20. Durante o chamado “Kindertransport”, de 1938 a 1939, crianças judias foram evacuadas para o Reino Unido de áreas sob controle nazistaGetty Images

Corredores humanitários também foram criados durante o cerco a Sarajevo, na Bósnia, entre 1992 e 1995, e para a evacuação da cidade de Ghouta, na Síria, em 2018 Getty Images

Em casos raros, as zonas são organizadas apenas por uma das partes em conflito. Isso aconteceu com o transporte aéreo americano após o bloqueio de Berlim pela União Soviética, de 1948 a 1949 Getty Images
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Consequências da guerra
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU, duas semanas de guerra na Ucrânia já resultaram na morte de ao menos 474 civis, dos quais 29 eram crianças.
O escritório de direitos humanos da entidade admite, porém, que a conta é conservadora.
Os danos reais devem ser “muito maiores”, avaliou o órgão em seu último relatório sobre a crise no país atacado pela Rússia. “Há alegações de [mais] centenas de vítimas civis em cidades como Volnovakha, Mariupol e Izium”, informou a ONU. “Mas essas alegações ainda estão sendo conferidas e não entram na estatística divulgada”.
Ainda segundo a ONU, outras 861 civis ficaram feridos na Ucrânia desde o último dia 24 de fevereiro, quando começou a invasão.
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