Com recordes de desmatamento, Bolsonaro diz nos EUA que Brasil não precisa derrubar Amazônia por produção agropecuária

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  • Mariana Sanches
  • Enviada especial da BBC News Brasil a Los Angeles

Crédito, EPA

Legenda da foto,

Bolsonaro participu da Cúpula das Américas em Los Angeles

Apesar de seu governo acumular taxas recordes de desmatamento da Amazônia, o que atraiu atenção e crítica internacional, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro afirmou em discurso nesta sexta, dia 10/6, em discurso na 9ª Cúpula das Américas, em Los Angeles, que o Brasil é uma “potência agrícola sustentável” e que o país não precisa desmatar “na região amazônica para expandir o nosso agronegócio”.

A afirmação contraria o discurso feito por Bolsonaro de que não seria possível seguir demarcando terras indígenas e reservas ambientais sob o risco de inviabilizar economicamente o país, cuja balança comercial depende da produção de alimentos como soja, gado, café e açúcar. Diante de líderes de 22 países das Américas, Bolsonaro afirmou que o país “alimenta 1 bilhão de pessoas no mundo” graças à sua produção agropecuária, que ocupa apenas 27% do território nacional, nas palavras do presidente.

Desde o início do governo, em 2019, as taxas de devastação da Amazônia medidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) estão acima dos 10 mil km2. O assunto gerou críticas da União Europeia, engrossadas pelos EUA depois que Biden chegou à Casa Branca, em janeiro de 2021.

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E embora desde a COP-26, no ano passado, os americanos tenham moderado suas críticas públicas à política ambiental do governo e tenham feito elogios às metas firmadas pelo Brasil no evento, como o compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2028, autoridades do governo Biden afirmam ter visto pouco ou nenhum avanço concreto da parte do Brasil para atingir esses objetivos.

Fonte Notícia: www.bbc.com

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