Exposição por Bolsonaro de criança com arma ‘é retrocesso de 20 anos’, diz membro de comitê da ONU

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  • Mariana Schreiber – @marischreiber
  • Da BBC News Brasil em Brasília

Crédito, Reprodução TV Brasil

Legenda da foto,

Bolsonaro chamou criança fardada e com réplica de arma para sentar ao seu lado em evento em Belo Horizonte

A atitude do presidente Jair Bolsonaro de expor uma criança fardada e portando a réplica de uma arma em um ato político na semana passada “significa um retrocesso de vinte anos” nos direitos das crianças, disse à BBC News Brasil o uruguaio Luis Ernesto Pedernera, membro do Comitê de Direitos das Crianças das Nações Unidas (ONU) e ex-presidente do órgão entre maio de 2019 e maio de 2021.

O marco a que ele se refere é o ano de 2002, quando entrou em vigor um protocolo da Convenção de Direitos das Crianças sobre envolvimento de crianças em conflitos armados. O Brasil é signatário tanto da convenção quanto do protocolo, tratados internacionais em que o país se comprometeu com a promoção da dignidade das crianças e com políticas para evitar o recrutamento de menores em guerras e outros conflitos violentos.

“É extremamente sensível difundir imagens ou promover atitudes que retrocedem muitos anos… O protocolo facultativo entrou em vigor em 2002, e mostrar uma imagem dessa significa um retrocesso de quase vinte anos”, criticou, em referência à fotografia de Bolsonaro com a criança.

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No dia 30 de setembro, o presidente colocou sentado ao seu lado um menino de seis anos fardado e portando a réplica de uma arma durante cerimônia em Belo Horizonte de lançamento da pedra fundamental do Centro Nacional de Vacinas. Chegou a erguer o garoto sobre os ombros e cumprimentou seus pais como exemplo de “civilidade, patriotismo e respeito”.

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Fonte Notícia

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