França de Macron deve seguir distante de Brasil de Bolsonaro, dizem analistas

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  • Daniela Fernandes
  • De Paris para a BBC News Brasil

Crédito, Reuters

Legenda da foto,

O presidente francês, Emmanuel Macron, foi reeleito com 58,6% dos votos

Com a reeleição do presidente Emmanuel Macron, a França deverá manter relação distante com o Brasil do governo de Jair Bolsonaro (PL), segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil. Uma eventual reaproximação dependerá do resultado das eleições presidenciais brasileiras em outubro e de uma mudança real na política ambiental do país.

“As relações entre os dois países devem se manter frias pelo menos até as eleições no Brasil. Se Lula for eleito em outubro, deve haver uma mudança importante na relação bilateral. A posição francesa em relação ao acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia poderá ser destravado com a chegada de Lula ao poder, desde que haja vontade política dos dois lados”, afirma Gaspard Estrada, diretor-executivo do Observatório Político da América Latina e Caribe da universidade Sciences Po, em Paris.

Estrada acrescenta que, caso Bolsonaro seja reeleito, a tendência é a de que as relações entre os dois países permaneçam distantes, a não ser que haja uma alteração significativa na política de meio ambiente do governo brasileiro.

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O especialista afirma que, no caso de um terceiro nome vencer as presidenciais no Brasil, hipótese que considera “muito improvável” em função das pesquisas espontâneas a seis meses do pleito, “qualquer nome seria melhor do que o do Bolsonaro” para reaproximar a França do Brasil, mas ressalta que o avanço efetivo nessa direção dependeria das propostas desse eventual terceiro nome.

Fonte Notícia: www.bbc.com

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