Itália apreende iate de R$ 360 milhões do homem mais rico da Rússia
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As sanções econômicas impostas à Rússia pelas potências ocidentais estão afetando fortemente o empresário mais rico do país governado por Vladimir Putin, o oligarca da siderurgia Alexei Mordashov. Suas empresas têm sido afetadas fortemente pelo bloqueio e, nesta sexta-feira (4/3), autoridades italianas informaram ter apreendido o iate particular do bilionário russo, que estava ancorado em um porto na Lugúria, no paradisíaco noroeste do país europeu.
Um porta-voz do gabinete do primeiro ministro da Itália informou nas redes sociais a apreensão da embarcação, segundo ele avaliada em 65 milhões de euros, ou R$ 360 milhões, aproximadamente, na cotação desta quarta.
Italy’s police has just seized “Lady M Yacht” – a €65m yacht belonging to Alexey Alexandrovits Mordaschov located in Imperia (Liguria) – in compliance with the recent EU sanctions. pic.twitter.com/8NzqkXH7lE
— Ferdinando Giugliano (@FerdiGiugliano) March 4, 2022
Nesta semana, o oligarca russo, que tinha a fortuna estimada em quase US$ 30 bilhões, transferiu um pedaço da mineradora que preside para a esposa, Marina Aleksandrovna Mordashova, e reclamou das sanções, além de ter até criticado a guerra ao pedir o “fim do banho de sangue”.
“Eu não tenho absolutamente nada a ver com as atuais tensões geopolíticas. Não entendo porque sanções foram impostas contra nós”, reclamou Mordashov, que é apontado como alguém próximo a Vladimir Putin.
Segundo a imprensa italiana, outro bilionário russo, Gennady Timchenko, terá seu iate confiscado nas próximas horas.
Ucrânia pede socorro ao mundo
A guerra na Ucrânia já dura nove dias e, nesta sexta, o presidente do país invadido, Volodymyr Zelensky, insistiu em pedir respostas decisivas e mais apoio internacional.
Em pronunciamento gravado, Zelensky voltou a manifestar preocupação com as investidas russas contra usinas nucleares. As tropas controlam Chernobyl e bombardearam a maior central nuclear da Europa.
Para ele, o presidente russo, Vladimir Putin, quer promover o que chamou de “terrorismo nuclear”. O ucraniano afirmou ser preciso que a comunidade internacional mande uma “resposta decisiva”.
“Durante nove dias assistimos a uma guerra brutal. Estão destruindo nossas cidades. Eles estão bombardeando nosso povo, nossas crianças, bairros residenciais, igrejas, escolas e eles querem continuar. Sabendo que novos ataques e baixas são inevitáveis, a Otan decidiu deliberadamente não fechar os céus sobre a Ucrânia”, reclamou.
Antes, ele já havia cobrado apoio e alertado que a proporção da guerra pode sair da fronteira ucraniana. “Eu quero pedir que vocês não fiquem em silêncio, quero pedir que vocês saiam na rua e apoiem nosso país, apoiem nossa luta, e dizer que, se a Ucrânia não resistir, a Europa não vai resistir. Se nós cairmos, vocês caem. Então, por favor, não fiquem em silêncio, não façam vista grossa para isso. Saiam e apoiem a Ucrânia o máximo que puderem”, acrescentou.
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