Menopausa pode afetar função cognitiva de mulheres acima dos 60 anos

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A menopausa pode afetar a função cognitiva – que envolve a memória, o raciocínio, a fluência verbal, entre outros – de cerca de 5% das mulheres acima dos 60 anos. Esse índice pode subir para 12% depois dos 75 anos e 28% após os 85 anos, segundo uma revisão da literatura médica realizada pela endocrinologista Dolores Pardini, chefe do Ambulatório de Menopausa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

A menopausa é caracterizada pela cessação do fluxo menstrual. Ela marca o fim da fase fértil da mulher, e geralmente ocorre entre os 40 e 55 anos. Nesse período, há uma diminuição na concentração de estrogênio, um hormônio produzido eminentemente pelos ovários. Principalmente ao longo da chamada perimenopausa (ou climatério) — uma fase de transição —, a mulher sente ondas de calor, insônia, instabilidade do humor, dores de cabeça, entre outros sintomas.

Além disso, algumas pesquisas associam a menopausa a uma aceleração da perda de função cognitiva. “Ela abrange vários níveis, desde não lembrar um nome até a perda de fluência verbal, dificuldade de aprendizado e demência”, explica Dolores.

Claro que o envelhecimento influencia nesse contexto. Dolores destaca que os casos de Alzheimer são quatro vezes mais comuns em mulheres, e que a curva de maior incidência começa a partir dos 50 anos, idade em que 80% do público feminino entra na menopausa.

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Acredita-se que o estrogênio tenha a ver com isso. Ele é considerado um hormônio neuroprotetor — sua menor concentração, portanto, deixaria as mulheres mais expostas a falhas nos neurônios com o avançar do tempo.

Diante disso, pesquisas vem avaliando o papel da terapia de reposição hormonal para conter o déficit cognitivo. “Estudos controlados e observacionais mostraram que existe uma melhora quando a mulher é tratada na perimenopausa”, informa Dolores.

Mas atenção: não há uma recomendação formal para esse tipo de tratamento no cenário da perda cognitiva. Faltam estudos randomizados que, de fato, apontem algum benefício nesse sentido. Até o momento, essa estratégia deve ser avaliada junto a um profissional de saúde para outras questões de saúde.

Já no caso dos homens, Dolores conta que não encontrou levantamentos que firmem uma ligação entre a perda de função cognitiva e a queda de produção de hormônios durante a andropausa. A médica apresentou seu trabalho durante o XIV Congresso Paulista de Endocrinologia e Metabologia, que foi realizado entre os dias 5 e 7 de agosto deste ano. (Com informações da Agência Einstein)

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