O que se passa na cabeça das avós | Blog Longevidade: modo de usar

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“O que chama a atenção é a ativação de áreas do cérebro associadas com a empatia emocional”, afirmou James Rilling, professor de antropologia na instituição e coordenador do trabalho. “Isso significa que as avós são movidas pelos sentimentos dos netos: se sorriem, elas sentem a alegria das crianças; se choram, elas vivenciam sua dor e sofrimento”, acrescentou. Por outro lado, quando veem fotos dos filhos crescidos, a ativação se dá numa área do cérebro associada com a empatia cognitiva, o que indica que a emoção é substituída por um entendimento mais racional. Os laços são fortes, claro, mas com uma resposta emocional menos intensa.

Rilling disse que, embora os pais sejam vistos como os principais cuidadores ao lado das mães, isso nem sempre é verdade: “em muitos casos, as avós desempenham esse papel”. Sua afirmação vai ao encontro da “hipótese das avós” para a sobrevivência da humanidade, que já abordei em coluna anterior: depois da menopausa, ao deixar de ter seus próprios filhos e passando a ajudar a cuidar dos netos, elas tiveram papel fundamental para garantir a multiplicação dos humanos no planeta. A sociedade contemporânea apresenta outros desafios, mas a importância das avós não mudou: seu engajamento na vida de crianças e adolescentes está associado a diversos resultados positivos, que vão de melhores indicadores de saúde a sucesso acadêmico. A longevidade não é boa somente para os mais velhos.

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