‘O que tem origem na mentira não pode ter final bom’, diz diretor da Anvisa sobre confusão no jogo entre Brasil e Argentina | Ciência e Saúde
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Em entrevista à GloboNews nesta segunda-feira (6), Antônio Barra Torres, diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), disse que as cenas exibidas no jogo entre Brasil e Argentina poderiam ter sido evitadas e que tudo que começa com mentira não tem um final bom.
“É uma sequência que começa com uma mentira, com uma informação que não é verdadeira, colocada em um documento oficial. O que está naquele papel é uma informação que não foi sustentada, não verdadeira. Na sequência disso, há uma orientação da autoridade sanitária do Brasil de que aquelas pessoas permanecessem em isolamento, para que pudessem então regressar ao seu país de origem. Isso também não foi cumprido. Depois houve outro descumprimento (o treino) que não deveria ter ocorrido e o deslocamento para o estádio”, explica o diretor da Anvisa.
“O que começa, o que tem origem na mentira não pode ter final bom. Nasce errado, segue errado e o final não é bom. Foi exatamente o que aconteceu. Uma informação falsa, um descumprimento de preceitos e uma ousadia de concretizar o evento no outro dia” – Antônio Barra Torres.
Segundo Barra Torres, a Anvisa e a Polícia Federal chegaram ao estádio uma hora antes do início do jogo. Um documento com o detalhamento sobre o que aconteceu está sendo montado. “Esse documento chega para as nossas mãos hoje ainda com o detalhamento sobre o que aconteceu, porque que houve essa dificuldade de 60 minutos, quando nós teríamos poupado todos os telespectadores daquelas cenas desagradáveis e isso poderia ter sido evitado.”
Presidente da Anvisa sobre jogo interrompido: ‘Cenas desagradáveis poderiam ser evitadas’
No domingo (5), agentes da Polícia Federal e da Anvisa entraram no campo da Neo Química Arena, em São Paulo, para retirar os quatro jogadores que descumpriram a quarentena contra a disseminação do coronavírus.
Emiliano Martínez, Buendía, Cristian Romero e Giovani Lo Celso fizeram declarações sanitárias falsas no formulário ao entrar no Brasil, disse a Anvisa. Três deles estavam em campo quando a partida começou; um estava na arquibancada.
Esses quatro argentinos jogam em clubes ingleses (Emiliano Martínez no Aston Villa, e Cristian Romero e Lo Celso, no Tottenham). Viajantes que estiveram no Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia nos últimos 14 dias estão proibidos de entrar no Brasil. Eles deveriam ter feito quarentena ao chegar ao país, mas não fizeram.
Documento detalha reuniões
O Blog do Octavio Guedes teve acesso ao documento oficial da Anvisa sobre a confusão do jogo entre Brasil e Argentina. Ele mostra que um membro da delegação argentina, Fernando Ariel Batista, falsificou informações de quatro jogadores argentinos.
Eles tinham passado pelo Reino Unido, o que exigiria cumprimento de quarentena no Brasil, mas não há essa informação nas declarações sanitárias preenchidas por Batista.
Na reunião, a Conmebol e a delegação da Argentina foram orientadas a formalizar o pedido de excepcionalidade para que os jogadores pudessem treinar no sábado e jogar no domingo. A Anvisa pediu a máxima urgência para os argentinos, para que a análise da documentação fosse viável antes da realização do jogo. E deu o caminho das pedras: o pedido teria que ser analisado pelo Ministério da Saúde, além de um posicionamento final da Casa Civil. Mas esse pedido não foi feito.
Documento da Anvisa mostra que membro da delegação da Argentina falsificou declarações sanitárias de jogadores
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