Os 1400 anos do exílio que marca o início do islã

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  • Edison Veiga
  • De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil

Crédito, Domínio Público

Legenda da foto,

Maomé, chamado de Alá pelos muçulmanos, promovia reformas tanto no judaismo quanto no cristianismo

Religiões precisam de mitos fundadores. No caso do islã, este marco é a chamada hégira — a migração do profeta Maomé (571-632) e seus seguidores da cidade de Meca para Medina, ambas na atual Arábia Saudita. O trajeto, de cerca de 500 quilômetros, foi vencido em 12 dias.

Maomé, ou Muhammad, já era um líder religioso respeitado. Considerado mensageiro de Deus — chamado de Alá pelos muçulmanos —, promovia reformas tanto no judaísmo quanto no cristianismo, além de combater religiões pagãs politeístas.

Isso fez com que ele passasse e a ser alvo de hostilidades em Meca, sua cidade natal. Imbuído de seus princípios e convidado por lideranças de Medina, decidiu promover esse movimento de exílio. Ele já tinha mais de 50 anos. Pela contagem do calendário gregoriano, a hégira ocorreu há exatos 1,4 mil anos.

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“Em Meca, os muçulmanos vinham sendo perseguidos. Havia muita violência, havia muita disputa, muitas agressões. Um grupo de convertidos ao islã [de Medina] foi até o profeta Muhammad para dizer que poderia fazer [seu projeto] lá, que lá seria importante porque havia uma disputa entre judeus e pessoas que eram idólatras”, explica a antropóloga Francirosy Campos Barbosa, professora na Universidade de São Paulo (USP-Ribeirão Preto) e autora do livro Hajja, hajja: a experiência de peregrinar.

Fonte Notícia: www.bbc.com

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