Países liberam 60 milhões de barris de petróleo para conter preços
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Os Estados Unidos e outros 30 países concordaram em liberar 60 milhões de barris de petróleo de suas reservas de emergência após a invasão russa à Ucrânia elevar os preços da commodity para acima de US$ 100.
A decisão foi divulgada nesta terça-feira (1º/3) pelo Conselho de Administração da Agência Internacional de Energia (AIE).
A liberação tem o objetivo de enviar uma mensagem “unificada e forte” aos mercados globais de petróleo, segundo comunicado do órgão (leia aqui a íntegra, em inglês), de que não haverá déficit de suprimentos.
A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que pode desencadear um conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível guerraWolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito Agustavop/ Getty Images

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho e evitar avanços de possíveis adversários nesse localPawel.gaul/ Getty Images

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 kmGetty Images

O presidente russo, Vladimir PutinAndre Borges/Esp. Metrópoles

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do paísPoca/Getty Images

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiroKutay Tanir/Getty Images

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta OTAN/Divulgação

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por territórioAFP

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu territórioElena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do EstadoWill & Deni McIntyre/ Getty Images

Segundo especialistas, o conflito teria potencial para impactar economicamente o mundo inteiro. Os países da Europa Ocidental, por exemplo, temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários delesVostok/ Getty Images

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em meio à troca de acusações, os Estados Unidos dizem que há uma ameaça “iminente” de Moscou a Kiev e enviaram mais de 8 mil soldados para a Europa OrientalGetty Images

Putin reconheceu oficialmente a independência de duas regiões da Ucrânia controladas por separatistas pró-Rússia. Poucas horas depois, anunciou o envio de soldados para Donetsk e Luhansk, com a suposta missão de pacificar a áreaAlexei NikolskyTASS via Getty Images)

Como resposta, a União Europeia e os Estados Unidos proibiram transações econômicas com bancos e entidades que financiam o aparato militar da Rússia. As medidas atingem políticos russos, bancos, o setor de defesa e de mercados de capitaisGetty Images

O Ministério das Relações Exteriores russo informou que evacuou os últimos diplomatas em serviço no país vizinho. Para a chancelaria de Putin, os diplomatas russos correm risco de sofrer violência Getty Images

Sob risco de invasão, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, pediu mais armas aos países do Ocidente. Ele defendeu que essa seria uma forma de resistir contra a RússiaGetty Images
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“É animador ver a rapidez com que a comunidade global se uniu para condenar as ações da Rússia e responder de forma decisiva”, disse o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol. “Estou satisfeito que a AIE também se uniu hoje para agir”, disse.
“A situação nos mercados de energia é muito grave e exige toda a nossa atenção. A segurança energética global está ameaçada, colocando a economia mundial em risco durante um estágio frágil da recuperação.”
Após a ofensiva russa, o barril do Brent chegou a US$ 105 pela primeira vez desde 2014.
Os ministros da AIE mostraram-se preocupados com os impactos na segurança energética. Eles observaram que a invasão da Rússia ocorre em um cenário de mercados globais de petróleo já apertados, alta volatilidade dos preços, estoques comerciais que estão em seu nível mais baixo desde 2014 e uma capacidade limitada dos produtores de fornecer oferta adicional no curto prazo.
Os países membros da AIE mantêm estoques de emergência de 1,5 bilhão de barris. O anúncio de uma liberação inicial de 60 milhões de barris (4%) equivale a 2 milhões de barris por dia durante um mês.
A retirada coordenada é a quarta na história da AIE, criada em 1974. Ações coletivas anteriores foram tomadas em 2011, 2005 e 1991.
Fazem parte do conselho os seguintes países: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Japão, Coreia do Sul, Lituânia, Luxemburgo, México, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal, Eslováquia, Espanha, Suécia, Suíça, Holanda, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.
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