Professoras dão aulas em hospitais para crianças com câncer – Notícias

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Aos 17 anos Joseane Terto de Souza Uema descobriu um câncer na tireóide. Fez a cirurgia e tratamento, mas ficou impossibilitada de acompanhar as aulas na escola por um período. “Meu maior medo era não conseguir me formar com os meus colegas no terceiro ano do ensino médio”, lembra.

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Uma amiga resolveu o problema, fazia a ponte entre Joseane e a escola. “Ela trazia as atividades, me passava o conteúdo e levava para a escola o trabalhos”. Dessa experiência nasceu o desejo de dar aulas em classes hospitalares. “Ela me inspirou a fazer o mesmo, a permitir que outras crianças e adolescentes possam continuar os estudos apesar da doença, costumo compartilhar minha história com eles.”



Outra motivação foi acompanhar o tratamento da irmã, Joseleide Terto de Souza, contra o câncer e a paixão que ela tinha pela educação. “Minha irmã foi um exemplo de amor e sigo em homenagem a ela.”

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Na cidade de São Paulo, pacientes em idade escolar, de 4 a 18 anos, em tratamento médico no Hospital A.C. Camargo e na Casa Ninho, têm acesso às atividades pedagógicas durante a permanência no hospital, inclusive neste período da pandemia. Elas são garantidas por meio das classes hospitalares conduzidas por três professoras da rede municipal de São Paulo designadas para esta função. O objetivo do programa é ajudar a dar continuidade à sua vida escolar concomitantemente ao tratamento médico.


Escolas da rede estadual e o GRAAC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) também promovem educação para crianças em tratamento. 


As professoras Andréa Mondejas Lisboa e Tatiana Campos Carneiro lecionam no Hospital A.C. Camargo e Joseane na Casa Ninho, o lar de crianças e adolescentes que vieram de outras partes do país e estão em tratamento contra o câncer em São Paulo. “Eles ficam meses fora de casa e precisam de acompanhamento para não abandonarem os estudos”, diz.



Os estudantes têm aulas de segunda-feira a sexta-feira, na maioria das vezes e, principalmente neste período de pandemia, costumam ter atividades individuais justamente por se adequarem às necessidades de cada aluno. Com o avanço da vacinação, as atividades em conjunto estão sendo retomadas aos poucos. 


“Assim que eles chegam, eu entro em contato com a escola de origem, a comunicação nem sempre é fácil, mas procuro saber em que momento aquela criança está no aprendizado, preparo atividades, faço um portifólio todo documentado, um registro para comprovar o que estudaram”, diz. “Mas sempre respeitando o estado de saúde de cada um.”


Além das aulas na casa, as crianças têm a oportunidade de sair uma vez por mês para atividades pedagógicas. “Levamos ao centro da cidade para verem uma exposição no Farol Santander e ao parque do Ibirapuera para que pudessem correr e brincar, eles são pacientes, mas são crianças, costumo dizer que a doença é uma fase difícil, mas a vida precisa seguir.”


E o trabalho tem dado frutos. As adolescentes Alice e Juliana chegaram para o tratamento inscritas para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), mas não acresditavam que seria possível fazer as provas. “Estudamos, falamos de sonhos e projetos e hoje as duas conquistaram bolsas de estudo e estão na faculdade, sempre brinco que adoro formatura e quero acompanhar todos eles.”


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