Putin reage a boicote do petróleo e proíbe venda de matérias-primas
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O Kremlin, sede do governo russo, reagiu ao boicote norte-americano ao petróleo produzido no país. A mando do presidente Vladimir Putin, em até dois dias será divulgada um lista de matérias-primas que terão a venda proibida ou limitada.
O anúncio de Moscou ocorre horas após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, proibir a compra de petróleo russo no país.
Segundo a agência russa de notícias Interfax, Putin “assinou um decreto que restringe a importação e exportação de bens e matérias-primas para garantir a segurança da Federação Russa.” Os produtos ainda não foram detalhados pelo governo russo.
Antes, Biden proibiu a compra do petróleo russo. Essa é mais uma medida para pressionar o presidente da Rússia, a fim de que ele determine a interrupção dos bombardeios contra a Ucrânia.
Nesta terça-feira (8/3), em pronunciamento transmitido ao vivo de Washington, Biden voltou a declarar apoio ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e afirmou que as sanções econômicas estão “estrangulando” a Rússia.
“Os Estados Unidos produzem mais petróleo do que todos os países da Europa juntos. Nossas equipes estão discutindo como isso [proibição] vai acontecer. Nossa ideia é continuar causando prejuízos ao Putin. A defesa da liberdade tem um custo, e um custo para nós, americanos”, frisou.
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Biden ressaltou que os americanos estão enviando ajuda à Ucrânia e que o apoio não se restringe a sanções econômicas, mas também inclui subsídio financeiro e equipamentos militares. “Na última semana, conversei com o presidente Zelensky para saber como ajudar o povo ucraniano”, salientou.
O líder norte-americano disse que o preço dos combustíveis vai subir nos Estados Unidos e no mundo. “Entendemos que a guerra de Putin está elevando os preços, mas isso não é desculpa para que as empresas os elevem sobremaneira”, concluiu.
Gás russo
Mais cedo, o governo russo ameaçou parar de vender gás à Europa se tiver petróleo boicotado no mercado internacional. Líder na produção mundial, a Rússia enfrenta sanções econômicas de países do Ocidente — uma tentativa de frear a guerra na Ucrânia.
Já a União Europeia disse que também pode interromper, em até dois terços, a importação do gás russo. A decisão deve vir em uma cúpula de líderes, ainda esta semana, em Paris. O problema é que a Europa é muito dependente do produto vindo da Rússia. E os EUA, mesmo importando pouco petróleo de Moscou, correm o risco de subir muito o preço do barril, com esse corte no comércio.
O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, chegou a afirmar que essa sanção mundial poderia fazer com que o preço do barril chegasse a US$ 300. Por volta das 11h de hoje, o petróleo Brent atingiu o preço de US$ 128,90.
Assim, o Kremlin, sede do governo russo, disse que pode fechar o principal duto de gás do país, até a Alemanha, se os países do Ocidente proibirem a compra de petróleo russo.
Cerca de 40% do gás e de 30% do petróleo consumidos na União Europeia são de origem russa, segundo a BBC. A Rússia é o maior exportador de óleo e gás natural do mundo.
Os Estados Unidos estudam importar o produto da Venezuela, do Irã e da Arábia Saudita, com o objetivo de isolar o presidente Vladimir Putin.
Nenhum conflito armado tem efeitos restritos ao front. Quando o assunto é economia, o mundo assiste à disparada do preço do petróleo e se preocupa.
“Consequências catastróficas”
Uma rejeição do óleo russo pode levar a consequências catastróficas para o mercado global, disse o vice-primeiro-ministro russo. Segundo ele, o preço do barril poderia mais do que dobrar e chegar a US$ 300.
Apesar da tensão no mercado, o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammad Sanusi Barkindo, admite que a entidade precisa ajudar todos os países parceiros, mas avalia que a ameaça russa vai “evaporar” pelo mercado.
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