Recruta russo de 18 anos é vítima mais jovem entre militares na guerra
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O exército russo enterrou, nesta quinta-feira (10/3), a vítima mais jovem da guerra na Ucrânia: um recruta de apenas 18 anos de idade. De acordo com agências internacionais de notícias, o jovem Yegor Pochkaenko morreu um dia antes de completar 19 anos.
O garoto vivia na cidade de Bologorsk, na região de Oblast de Amur. Segundo o jornal Daily Mail, ele foi morto em território ucraniano, a pouco mais de 8 km de distância da Rússia.
A morte de Pochkaenko ocorreu um dia após o Ministério da Defesa da Rússia reconhecer que recrutas recém-alistados foram mandados para a guerra, após o presidente Vladimir Putin ter negado o fato.
Putin afirmava que apenas soldados e oficiais haviam sido enviados para os conflitos armados na Ucrânia. No entanto, o Ministério da Defesa admitiu que recrutas foram enviados para a guerra e solicitou investigação para punir funcionários que permitiram a participação dos jovens nas operações.
O anúncio ocorre depois de associações de mães de soldados denunciarem que seus filhos foram enviados para o combate apesar da falta de tempo de treinamento.
A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerraAnastasia Vlasova/Getty Images

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito Agustavop/ Getty Images

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho e evitar avanços de possíveis adversários nesse localPawel.gaul/ Getty Images

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 kmGetty Images

Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país caso os ucranianos não desistissem da ideiaAndre Borges/Esp. Metrópoles

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do paísPoca/Getty Images

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiroKutay Tanir/Getty Images

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta OTAN/Divulgação

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por territórioAFP

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu territórioElena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do EstadoWill & Deni McIntyre/ Getty Images

O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários delesVostok/ Getty Images

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Cessar-fogo
Terminou sem avanços significativos a primeira reunião entre os ministros de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba, na manhã desta quinta-feira (10/3), na Turquia.
Apesar do pouco avanço na negociação diplomática, a Ucrânia enfrenta o 15º dia de invasão militar russa em um novo esforço para evacuar civis de cidades cada vez mais afetadas por bombardeios e desabastecimento de alimentos, água, remédio e energia.
Na manhã desta quinta-feira (10/3), a vice-ministra para a Reintegração dos Territórios Ocupados, Iryna Vereshchuk, disse que o país negociou com os russos um cessar-fogo em sete corredores humanitários.
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