Reféns em usinas nucleares sobrevivem com uma refeição por dia
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Trabalhadores das usinas nucleares de Zaporizhzhia e de Chernobyl, na Ucrânia, estão sendo mantidos como reféns pelas tropas russas. De acordo com o Daily Mail, os prisioneiros sobrevivem apenas com duas horas de sono e uma refeição por dia.
Os militares assumiram o controle de Zaporizhzhia, maior usina nuclear da Europa, na última sexta-feira (4/3), segundo o órgão de vigilância nuclear da ONU. Agora, os funcionários são reféns e precisam manter o local em funcionamento. Já Chernobyl foi ocupada em 24 de fevereiro.
O tabloide inglês afirma que os reféns estão “famintos, exaustos e deprimidos”. Ao todo, mais de 100 pessoas estão presas no local desde a invasão russa.
No nono dia do conflito, a Rússia tomou o controle da maior usina nuclear da Europa, a ucraniana Zaporizhzhia. O local foi bombardeado e pegou fogo. Apesar disso, reatores não foram afetadosZaporizhzhia Nuclear Power Plant/Anadolu Agency via Getty Images

Usina ZaporizhzhiaReprodução

Usina ZaporizhzhiaReprodução
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“Sem lugar para dormir e sem cobertores, muitos dormem apenas por duas a quatro horas em mesas ou onde quer que encontrem um espaço. Eles estão ficando sem comida e estão reduzidos a uma refeição de mingau por dia. Eles são alimentados uma vez a cada 24 horas”, afirmou uma fonte ao Daily Mail.
A situação coloca todos em alerta, principalmente porque as forças comandadas por Putin bloquearam os canais de comunicação da usina. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou estar “extremamente preocupada” com os desenvolvimentos no local, visto que não é possível saber o que realmente acontece dentro de Zaporizhzhia.
“Isso também é uma fonte de profunda preocupação, especialmente durante um conflito armado que pode comprometer as instalações nucleares do país”, disse o diretor geral da AIEA, Rafael Grossi.

A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerraAnastasia Vlasova/Getty Images

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito Agustavop/ Getty Images

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho e evitar avanços de possíveis adversários nesse localPawel.gaul/ Getty Images

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 kmGetty Images

Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país caso os ucranianos não desistissem da ideiaAndre Borges/Esp. Metrópoles

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do paísPoca/Getty Images

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiroKutay Tanir/Getty Images

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta OTAN/Divulgação

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por territórioAFP

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu territórioElena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do EstadoWill & Deni McIntyre/ Getty Images

O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários delesVostok/ Getty Images

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo Vinícius Schmidt/Metrópoles
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