Rússia nega ataques contra civis e Ucrânia rebate: “Mísseis apontados”

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Durante a reunião de emergência da Organização das Nações Unidas (ONU), o embaixador da Rússia na entidade, Vasily Nebenzya, negou que o país esteja bombardeando civis. Desde o início dos ataques, russos e ucranianos travam uma batalha de narrativas. A Ucrânia garante que civis foram feitos vítimas.

No início da noite desta segunda-feira (28/2), em pronunciamento transmitido ao vivo de Nova York, sede da ONU, Nebenzya disse que as acusações da Ucrânia são falsas.

A Ucrânia vive o quinto dia de ataques. Kiev, capital e coração do poder, e Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, estão sob fortes bombardeios. Civis teriam sido alvejados pelas tropas russas.

“Esse é um fluxo sujo de mentiras sujas. Uma característica do nosso tempo”, declarou o embaixador russo.

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Segundo ele, a Rússia não começou essa guerra. “Estamos tentando terminá-la. A Ucrânia começou essa guerra em 2014”, disse se referindo à anexação da Crimeia ao território russo e da crise nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk.

Logo após a fala, o embaixador da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya, rebateu as informações. Segundo ele, mais de 350 civis foram mortos. “Não ouçam as mentiras dos russos. Ouçam o choro dos ucranianos”, ponderou.

“A Rússia está atacando creches, hospitais, brigadas de ajuda de saúde, ambulâncias… População de Kiev está sendo alvo dos russos. Eles estão determinados a matar civis. Isso é crime de guerra”, defendeu.

Ele acrescentou: “Os mísseis russos estão apontados para estruturas que podem causar desastres, inclusive com radiação. Se não agirmos hoje, esta não será a última vez que irá acontecer”, frisou.

“Temos crianças sem saber quando vão reencontrar seus pais”, disse, ao pedir ajuda humanitária para refugiados e famílias vítimas da guerra.

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Bombardeios

Mesmo em meio a uma série de movimentações político-diplomáticas para forçar um cessar-fogo, as tropas russas não recuam e cada vez mais atacam cidades da Ucrânia. Tanques cercam Kiev, capital do país e coração do poder. Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, sofreu um bombardeio que deixou mortos e feridos.

Imagens de satélite mostram que as forças terrestres russas estão indo em direção a Kiev. A estimativa é de que o comboio tem 27 quilômetros e é composto por centenas de tanques, blindados e outros veículos de guerra.

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Russos em Kharkiv, na Ucrânia, estão se rendendo, diz prefeito

Segundo informações de agências internacionais de notícias, há centenas de veículos cercando a cidade. A rota seria a região do aeroporto de Hostomel, a pouco mais de 30 quilômetros do centro da capital ucraniana.

Em pronunciamento ao vivo de Washington, nesta quinta-feira (28/2), o governo dos EUA foi categórico. “Russos continuam avançando em direção a Kiev”, alertou o porta-voz do Pentágono, John Kirby.

Segundo ele, as tropas russas estão “atrasadas” no planejamento, mas seguem avançando na direção da capital ucraniana Kiev.

Ao longo do final de semana, a cidade chegou a ser invadida pelas forças russas, que acabaram expulsas pelos militares ucranianos.

Mapa regiões atacadas Ucrânia
Mapa ilustra os locais onde o país foi atacado

Bombas de fragmentação

O Exército russo deixou, nesta segunda-feira (28/2), ao menos 11 mortos e dezenas de feridos em Kharkiv. A cidade, que é a segunda maior da Ucrânia, tornou-se um dos principais campos de batalha.

ONGs, como a Human Rights Watch (HRW) e Anistia Internacional, apontam ainda que a Rússia está usando bombas de fragmentação nos ataques a territórios ucranianos.

Em Kharkiv, os ataques ocorreram também contra áreas civis, usando mísseis balísticos e teleguiados. A Ucrânia vive o quinto dia de ataques.

A intensificação dos ataques seria uma forma do presidente russo, Vladimir Putin, tomar o controle do poder e exercer algum tipo de interferência na Ucrânia. Desde sexta-feira (25/2), segundo dia de invasão, Putin tenta tomar Kiev, por exemplo.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê a possível entrada do vizinho na organização como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existem desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

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Fonte Notícia

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