A influenciadora digital Sthe Matos, de 23 anos, foi internada na UTI de um hospital privado de Salvador após exames revelarem que ela havia passado por um episódio de sangramento cerebral.
A nota divulgada pela assessoria de imprensa da ex-participante da Fazenda 13 relata que ela foi ao hospital após apresentar dores de cabeça muito fortes.
O neurocirurgião Ivan Coelho Ferreira, que trabalha no Hospital Santa Lúcia de Brasília, explica que uma dor de cabeça súbita e bem mais forte do que as comuns é o primeiro sinal de um sangramento cerebral.
“Em geral, no caso de pacientes jovens, a principal queixa é de uma dor de cabeça que começa muito forte. Muitos dizem que é a pior que já sentiram na vida. O sintoma se diferencia de uma dor normal na região ou de uma enxaqueca”, explica o especialista.
Causas diversas
De acordo com o médico, os sangramentos cerebrais são causados principalmente por Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVC), aneurisma ou trombose. No caso da influenciadora, a hipótese médica é de que ela teve uma contração das veias do cérebro, o que teria provocado um sangramento leve.
“Existem diversos quadros clínicos que podem desencadear o sangramento cerebral. Contudo, os primeiros sinais normalmente são os mesmos. Além da dor de cabeça, eles incluem déficit neurológico que pode acarretar em perda de força em algumas partes do corpo e dificuldades na fala”, explica Ferreira.
O diagnóstico de sangramento no cérebro é feito através de uma angiotomografia. O exame, segundo o neurocirurgião, dever ser realizado o mais rápido possível, uma vez que o tratamento muda conforme a causa do quadro clínico.
Dias antes de ser internada, Sthe Matos vinha convivendo com uma possível virose, segundo nota oficial da equipe da influenciadora. O neurocirurgião Ivan Coelho alerta que esses quadros podem aumentar os riscos de sangramentos cerebrais.
Na tarde de terça-feira (22/3), a equipe da ex-participante do reality da Fazenda 13 trocaria o leito de UTI para um quarto normal.
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O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebroAgência Brasil
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O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágicoPixabay
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Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da falaPixabay
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O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelasPixabay
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Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causasPixabay
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Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumarPixabay
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Pressão alta, colesterol e diabetes: deve-se controlar adequadamente essas doenças, além de adotar hábitos de vida saudáveis para diminuir seus efeitos negativos sobre o corpo, uma vez que podem desencadear o AVCPixabay
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Defeitos no coração ou vasos sanguíneos: essas alterações podem ser detectadas em consultas de rotina e, caso sejam identificadas, devem ser acompanhadas. Em algumas pessoas, pode ser necessário o uso de medicamentos, como anticoagulantesPixabay
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Drogas ilícitas: o recomendado é buscar ajuda de um centro especializado em drogas para que se possa fazer o processo de desintoxicação e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo as chances de AVCPixabay
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Aumento da coagulação do sangue: doenças como o lúpus, anemia falciforme ou trombofilias; doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites; ou espasmos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue, devem ser investigados Pixabay
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