Unesco: ‘Segregação entre ricos e pobres ocorre em todas as etapas’ – Notícias
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A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) destaca que a organização do sistema refoça a desigualdade na educação brasileira. Esse é um dos resultados do relatório Relatório Global de Monitoramento da Educação.
O texto destaca que não existe em nenhum dos países estudados (42 países analisados na América Latina e no Caribe) educação sem envolvimento dos governos. O relatório, também chamado de “Quem escolhe? Quem perde?”, questiona as relações entre os agentes públicos e privados na educação.
No Brasil, famílias investem cerca de 30% da renda em educação. A segregação social está em todas as eferas, as diferenças econômicas entre crianças de escolas públicas e privadas são grandes. Boa parte das famílias investe na educação básica privada com foco no ensino público universitário.
De acordo com o relatório, “no Brasil, o custo de empréstimos para um sistema terciário de educação altamente privatizado também está deixando muitos alunos endividados, com alto nível de inadimplência. Mais de 40% dos contratos de empréstimos estudantis no país, na fase de amortização, estavam com pelo menos três meses de atraso, o suficiente para prejudicar a reputação de crédito dos mutuários”.
Relatório
Trezentos e cinquenta milhões de crianças e jovens no mundo todo frequentam escolas não estatais. No entanto, o novo relatório mostra que, em muitos países, falta regulamentação adequada da educação particular, ou a capacidade de aplicar, o que prejudica a qualidade e aumenta o abismo educacional entre ricos e pobres.
A Unesco deixa cinco recomendações para que a igualdade seja inseridaa no centro de suas ações:
• Aumentar os esforços para garantir acesso gratuito e subsidiado pelo Estado a um ano de educação pré-primária e 12 anos de primária e secundária para todas as crianças e jovens. Mas um em cada três países dedica menos de 4% do produto interno bruto ou menos de 15% de seu orçamento total para a educação — o mínimo acordado internacionalmente.
• Estabelecer padrões de qualidade que se apliquem a todas as instituições públicas e particulares, pois sistemas paralelos com diferentes expectativas, condições materiais e de funcionamento têm um efeito negativo na construção de um sistema de educação coerente para todos os estudantes.
• Fortalecer a capacidade do governo de monitorar e aplicar as regulamentações. Na prática, muitas regras são mal elaboradas ou frouxamente implementadas, deixando as portas abertas para desvios. Os governos têm de construir um relacionamento de confiança com provedores não estatais, encorajando-os a fazer matrículas, eliminando a arbitrariedade nas regras e comunicando os incentivos corretos para que administrem suas escolas de forma efetiva, de modo a beneficiar os estudantes.
• Incentivar as inovações em prol do bem comum e reunir todos os atores que as desenvolvem. Os governos deveriam trabalhar em parceria com todos os atores para aprender, compilar e avaliar boas práticas, oferecer recursos, permitindo que os praticantes troquem experiências, e testar e escalar boas ideias.
• Proteger a educação de interesses particulares e restritivos. Manter a transparência e a integridade da educação pública ajuda a proteger os estudantes mais desfavorecidos.
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