Zelensky diz que ataque russo em Kharkiv é “terrorismo” de Estado
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta terça-feira (1º/3) que os ataques russos à Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia e que foi invadida por tropas da Rússia mais cedo, são um “terrorismo de Estado”.
Em novo pronunciamento em rede nacional, Zelensky disse que as tropas ucranianas devem lutar para interromper o avanços dos “inimigos” e pediu que a comunidade internacional responsabilize o governo russo pelos ataques terroristas.
“É um terrorismo contra a cidade, terrorismo contra Kharkiv e contra o povo ucraniano. […] Isso é um terrorismo aberto e ostensivo. Não será perdoado e não será esquecido. Isso é um terrorismo estatal da Rússia. A Rússia é um país terrorista que tem que ser reconhecido oficialmente como tal. Pedimos a todos os países do mundo par reagir e reconhecer que a Rússia está fazendo um terrorismo e precisamos que ela seja responsabilizada em todos os tribunais internacionais”, declarou.
“O objetivo do terror é nos quebrar, é quebrar a nossa resistência. Eles estão chegando à nossa capital [Kiev], depois de passar por Kharkiv. E a defesa da capital é uma prioridade para o Estado. Em todas as cidades, a Ucrânia deve fazer tudo o que pode para interromper esse inimigo”, prosseguiu Zelensky.
A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerraAnastasia Vlasova/Getty Images

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito Agustavop/ Getty Images

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho e evitar avanços de possíveis adversários nesse localPawel.gaul/ Getty Images

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 kmGetty Images

O presidente russo, Vladimir PutinAndre Borges/Esp. Metrópoles

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do paísPoca/Getty Images

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiroKutay Tanir/Getty Images

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta OTAN/Divulgação

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por territórioAFP

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu territórioElena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do EstadoWill & Deni McIntyre/ Getty Images

Segundo especialistas, o conflito teria potencial para impactar economicamente o mundo inteiro. Os países da Europa Ocidental, por exemplo, temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários delesVostok/ Getty Images

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Durante a madrugada, um prédio do governo regional de Kharkiv foi atingido por um míssil. É um alvo civil que atinge a segunda maior cidade da Ucrânia. Segundo o jornal inglês The Guardian, o ataque foi uma tentativa de matar o governador de Kharkiv e sua equipe.
O chefe da administração regional, Oleg Synegubov, disse que a Rússia usou mísseis disparados de um veículo militar e os disparou de aviões. “Esses ataques são genocídio do povo ucraniano, um crime de guerra contra a população civil”, afirmou.
Em um vídeo feito por uma testemunha logo após o bombardeio, a rua aparece coberta por destroços e carros que estavam estacionados na rua em frente ao prédio, queimados.
Veja as imagens:
🚨 Explosão atinge sede do governo de Kharkiv, na Ucrânia.
Cidade é a segunda maior do país. Ataque foi registrado por volta das 3 da manhã, no horário de Brasília. pic.twitter.com/1vPLpfs5kc
— Metrópoles (@Metropoles) March 1, 2022
Missile attack on the Kharkiv regional administration, Sumska 64. Grad shelling at residential areas. Putin now in total war with Ukraine. pic.twitter.com/eXyfA4E4YI
— Maria Avdeeva (@maria_avdv) March 1, 2022

Segurança reforçada na capital ucraniana, KievAytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images

Medidas de segurança são tomadas enquanto o ministro de Assuntos Internos da Ucrânia, Denys Monastyrskyi, fala com membros da imprensa na capital ucraniana, KievAytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images

Posto de controle em Kiev, UcrâniaChris McGrath/Getty Images

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, assina o contrato do país pedido de adesão à União EuropeiaPresidência Ucraniana/Agência Anadolu via Getty Images

O Conselho de Segurança da ONU votou para realizar uma rara sessão especial de emergência da Assembleia Geral para discutir o ataque da Rússia à UcrâniaMichael M. Santiago/Getty Images

Quatro navios de guerra, o navio de abastecimento Tender “Elbe” (l), um caça-minas e dois caça-minas deixam o porto de Kiel para reforçar o flanco norte da Otan no Mar BálticoAxel Heimken/picture aliança via Getty Images

As forças de segurança ucranianas em KievAytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images

Membros das forças ucranianas inspecionam carros para tomar nota se algo parece suspeitoAytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images)

Cartazes pedindo paz e fim da guerra em frente à Embaixada da UcrâniaMatheus Veloso/Metrópoles

Edifício atingidoLeon Klein/Agência Anadolu via Getty Images

Veículos destruídos são vistos no Kievsky Rayonda de Donetsk, que está sob controle de separatistas pró-Rússia

Forças aerotransportadas russas em Zdvyzhivka, Ucrânia Maxar Technologies/Getty
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Conflito entre países
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existem desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
Com autorização do presidente Vladimir Putin, tropas russas iniciaram, na madrugada da última quinta-feira (24/2), uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia. Em pronunciamento, ele fez ameaças e disse que quem tentar interferir no conflito sofrerá consequências nunca vistas na história.
Já são seis dias de luta armada. O conflito é considerado a maior ofensiva militar registrada na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial.
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