364 civis foram mortos e 759 feridos na invasão da Ucrânia
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No 11º dia da invasão russa à Ucrânia, uma missão de monitoramento da ONU divulgou que 364 civis morreram em meio aos confrontos, além de 759 pessoas que ficaram feridas.
O destacamento das Nações Unidas pontua, porém, que o número real provavelmente é maior. O conflito foi conflagrado em 24 de fevereiro e, até o momento, as negociações de paz conseguiram somente um cessar-fogo parcial que sequer é cumprido.
As vítimas foram contabilizadas até o último sábado (5/3) e já superam uma outra estimativa, desta vez do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Ainda de acordo com a ONU, mas com o braço da entidade para questões de movimentos migratórios forçados, a Acnur, o conflito deflagrado pelos russos já tem saldo de 1,5 milhão de refugiados.
A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerraAnastasia Vlasova/Getty Images

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito Agustavop/ Getty Images

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho e evitar avanços de possíveis adversários nesse localPawel.gaul/ Getty Images

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 kmGetty Images

Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país caso os ucranianos não desistissem da ideiaAndre Borges/Esp. Metrópoles

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do paísPoca/Getty Images

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiroKutay Tanir/Getty Images

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta OTAN/Divulgação

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por territórioAFP

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu territórioElena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do EstadoWill & Deni McIntyre/ Getty Images

O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários delesVostok/ Getty Images

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Do outro lado do front, em solo russo, cerca de 3,5 mil manifestantes que contestam a guerra foram detidos na manhã deste domingo (6/3), também no horário brasileiro.
Destes, quase 1,7 mil são de Moscou e outros 750 de São Petersburgo. Desde o início do conflito, alertam observatórios internacionais, mais de 11 mil pessoas foram presas na Rússia. No país, o presidente Vladimir Putin acirrou as medidas de controle social.
Apesar disso, a queda do Rublo, moeda local, e a alta inflacionária gerada pelas sanções internacionais têm se somado aos motes pacifistas ecoados nas ruas da Rússia.
Polônia e Romênia – além da própria Rússia – são os principais destinos daqueles que perderam suas casas em meio a tiros e bombas.
Cessar-fogo desrespeitado
Costurado na segunda reunião de paz entre os países, o cessar-fogo temporário para retirada de civis da cidade de Mariupol, no sul ucraniano, não prosperou. A Guarda Nacional da Ucrânia informou que novos bombardeios foram registrados na região.
Com isso, a evacuação de pessoas foi interrompida na noite de sábado, pelo horário de Brasília. Na cidade, bombardeada de forma ininterrupta há quase uma semana, o fornecimento de energia e água foram cortados em pleno inverno.
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