Brasileira faz vaquinha para acolher família de refugiados da Ucrânia
[ad_1]
Diante da crise humanitária que se instaurou desde o início dos ataques russos, cidadãos de países vizinhos à Ucrânia têm se mobilizado para ajudar famílias que fogem da guerra. É o caso da brasileira Leticia de Castro Lemos, 36 anos.
Ela e o marido moram na região da Cracóvia, na Polônia, há cerca de cinco anos e agora se preparam para receber uma estudante ucraniana e a mãe, refugiadas do país. O casal se voluntariou para abrigar a família durante dois meses e está arrecadando doações.
Com a situação de emergência, a jovem não relutou em abrir as portas de casa, mesmo ciente das dificuldades. “A gente ficou muito angustiado. Primeiro, com a responsabilidade que é receber refugiados. Não é uma visita, são pessoas que vêm de uma situação de alto estresse e trauma que requer um cuidado psicológico, uma atenção e uma dedicação muito grande”, conta.
Atualmente, a estudante e a mãe refugiadas estão em um abrigo e tentam cruzar a fronteira. No entanto, um problema de saúde de uma delas e as baixas temperaturas do inverno europeu têm dificultado a passagem.
Letícia conta que as informações são escassas por conta da quantidade de pessoas que tentam sair do país. Não se sabe, por exemplo, quando a família vai chegar e sob quais condições de saúde estão. Enquanto isso, a brasileira e o marido procuram organizar o apartamento de dois quartos para receber as refugiadas. Com a ajuda de amigos, já arrecadaram um colchão e roupas para um primeiro acolhimento.
“[Estamos] o tempo todo em estado de alerta. Porque a gente não sabe quando que isso vai acontecer [a chegada da família] e, quando acontece, é normalmente assim: chegou, está na fronteira. Então, pega o carro, vai para a fronteira, que pode ser daqui a duas horas ou daqui a quatro horas dependendo do ponto que elas tiverem chegado, para gente ir recepcionar e traze-las de volta. E aí, a gente tem os cuidados de alimentação, enfim”, detalha.
“A preparação, neste momento, é a reestruturação da nossa casa. Graças a Deus a gente tem um quarto extra, então a gente consegue dar um cantinho para elas conseguirem descansar, ter um pouco de privacidade e se restabelecer dessa situação tão difícil.” Enquanto a família não chega, o casal junto a um grupo de brasileiros, ajuda outros refugiados com informações e se mobiliza para encontrar abrigos.
Ataque com mísseis Pierre Crom/Getty Images

Tanques militares russos e veículos blindados avançam em Donetsk, UcrâniaStringer/Agência Anadolu via Getty Images

Uma coluna de veículos blindados passa por um posto policial na cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início do dia 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e LuganskSergei MalgavkoTASS via Getty Images

Engarrafamento em Kiev: moradores tentam deixar a capital após o ataquePierre Crom/Getty Images

BRUXELAS, ÉLGIUM – 24 DE FEVEREIRO: O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, faz uma declaração sobre a operação militar da Rússia na Ucrânia, na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica, em 24 de fevereiro de 2022Dursun Aydemir/Agência Anadolu via Getty Images

Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trensOmar Marques/Getty Images

24 de fevereiro de 2022, Renânia-Palatinado, Ramstein-Miesenbach: aviões da Força Aérea dos EUA estão na pista da Base Aérea de Ramstein. As tropas russas começaram seu ataque à UcrâniaOliver Dietze/picture Alliance via Getty Images

Tanques das forças ucranianas se movem após a operação militar da RússiaWolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images

Um oficial do Serviço de Proteção Russo em frente ao Kremlin, na Praça Vermelha, no dia 24 de fevereiro de 2022, em Moscou, Rússia. Tropas russas lançaram seu ataque antecipado na Ucrânia na quinta-feiraMikhail Svetlov/Getty Images

CRIMEIA, RÚSSIA – 24 DE FEVEREIRO DE 2022: um veículo blindado atravessa a cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início de 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas, em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e LuganskSergei MalgavkoTASS via Getty Images

Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da BielorrússiaPierre Crom/Getty Images

Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. “Pare a guerra”, escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na AlemanhaKay Nietfeld/picture aliança via Getty Images

Embaixada da Ucrânia em BrasíliaRafaela Felicciano/Metrópoles

Segurança local é reforçada na Embaixada da Ucrânia em BrasíliaRafaela Felicciano/Metrópoles

Embaixada da Rússia em BrasíliaRafaela Felicciano/Metrópoles

Encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoliy Tkach fala com a imprensa após ataque da Rússia Rafaela Felicciano/Metrópoles
0
Acolhimento
Desde o início dos ataques, países que fazem fronteira com a Ucrânia abriram as portas para receber refugiados. De acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, nos últimos seis dias ao menos 670 mil pessoas buscaram ajuda em países vizinhos, sobretudo na Polônia, Hungria, Moldávia, Romênia e Eslováquia. Só na Polônia foram 280 mil. Com a intensificação dos ataques, a preocupação é não só de oferecer abrigo e apoio material, mas também ajuda psicológica para as pessoas afetadas pela guerra.
“A gente pensa muito na saúde mental das pessoas. Não só das que estão trabalhando para amparar os refugiados, das que estão trabalhando para cessar essa guerra, mas também das pessoas que estão ao redor, angustiadas com essa situação toda ao redor no mundo”, pontua. “A gente não quer que esse desespero tome conta. A gente quer que as pessoas se mantenham positivas e que elas transformem o sentimento de impotência, de não conseguir fazer nada, em ação. Ação de amor, uma coisa que todo mundo tem para dar. Essa é a mensagem que a gente tem. Foi por isso que a gente se mobilizou.”
O valor arrecadado pela vaquinha será usado para cobrir gastos com roupas, sapatos, alimentação e permanência da família na casa. No entanto, a brasileira pede que, quem não puder ajudar com doações, que o faça por meio de orações e pensamentos positivos. “Precisamos de vibrações de paz, acreditar que é possível acabar logo com essa guerra e evitar mais estragos.”
Nas fronteiras da Ucrânia, brasileiros se unem para acolher conterrâneos que tentam fugir dos ataques russos. Um grupo chamado Frente BrazUcra se mobiliza através de um canal nas redes sociais, no qual chegam pedidos de ajuda e trocas de informação.
O grupo já arrecadou mais de R$ 46 mil em doações. O valor é usado para custear o transporte de pessoas para fora do país, alimentos, roupas e medicamentos. Além disso, os brasileiros auxiliam na procura de abrigo para refugiados e apoio logístico para deixar a Ucrânia. Saiba como ajudar aqui.
Para outros moradores da Polônia, uma ferramenta do Google permite visualizar todos os pontos de apoio para refugiados.
Ajude a Letícia:
Brasil (pix):
(21) 99987-7054
Exterior €/£/$:
IBAN: LT60 3250 0209 7833 6332
BIC: REVOLT21
Head de Marketing de uma Start-up
Cracovia, Polônia
[ad_2]
Fonte Notícia