cidade portuária de Mariupol enfrenta bloqueio dos russos
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De acordo com Vadym Boichenko, prefeito da cidade ucraniana de portos Mariupol, o local enfrenta bloqueios e ataques implacáveis das tropas russas. Por ter posição estratégica no fornecimento de insumos para todo o país, na costa do Mar de Azov, que banha tanto a Ucrânia quanto a Rússia, o território está sob frequentes ataques.
Boichenko afirmou à agência AFP que já não há mais água ou luz para a população. O suprimento alimentar também está quase no fim.
“Nossa prioridade é o estabelecimento de um cessar-fogo para que possamos restaurar a infraestrutura vital e estabelecer um corredor humanitário para levar alimentos e remédios para a cidade”, explicou o prefeito.
Ele afirma que o exército de Putin tem destruído trens e pontes que permitiriam a fuga da população.
A prioridade é garantir a segurança dos 400 mil moradores de Mariupol, que tem sido alvo tático importante para o domínio do território ucraniano.
Com a conquista da cidade, as tropas russas teriam contato com a península da Crimeia, anexada em 2014, e com as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste.
“Eles destruíram todas as pontes, destruíram os trens para impedir que nossas mulheres, crianças, idosos saíssem. Eles nos impedem de nos abastecermos. Eles procuram impor um bloqueio, como em Leningrado [São Petersburgo]”, denunciou Boichenko.
Sem luz, água ou aquecimento
Segundo o gestor ucraniano, os russos estão destruindo a infraestrutura crítica de suporte à vida, deliberadamente, nos últimos sete dias. “Não temos luz, água ou aquecimento”, completou.
De acordo com os comunicados divulgados pelas lideranças da cidade portuária, os militares russos também impedem a saída de civis que tentam fugir do cenário de guerra.
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