Com risco de apagão, Ucrânia pede integração energética com a Europa
[ad_1]
Com ataques russos a centrais de eletricidade, a Ucrânia pediu que o seu sistema de abastecimento seja integrado ao da União Europeia. Nesta segunda-feira (28/2), o ministro de Energia do país, Herman Halushchenko, pediu celeridade no processo para evitar apagões.
Além disso, em meio à guerra, a Ucrânia não receberá energia da Rússia e da Belarus, que se aliaram no confronto. “Nós já provamos a seriedade de nossas intenções de nos integrarmos ao sistema europeu, mesmo nesse tempo difícil de guerra”, informou em um comunicado.
Ele ressaltou a autonomia do sistema ucraniano mesmo sendo alvo de ataques.
“Apesar da agressão militar pela Rússia, dos ataques de foguetes, dos ataques à infraestrutura, o sistema de eletricidade da Ucrânia, funcionando de forma autônoma, se mostrou confiável e seguro para fornecer energia aos consumidores”, disse ele.
Negociações
Na manhã desta segunda-feira (28/2), representantes dos dois países estão reunidos na fronteira de Belarus e Ucrânia, na região próxima a Chernobyl, para negociar um cessar-fogo.
Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não participam do encontro. A Ucrânia exigirá um cessar-fogo “imediato”.
A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que pode desencadear um conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível guerraWolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito Agustavop/ Getty Images

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho e evitar avanços de possíveis adversários nesse localPawel.gaul/ Getty Images

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 kmGetty Images

O presidente russo, Vladimir PutinAndre Borges/Esp. Metrópoles

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do paísPoca/Getty Images

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiroKutay Tanir/Getty Images

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta OTAN/Divulgação

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por territórioAFP

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu territórioElena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do EstadoWill & Deni McIntyre/ Getty Images

Segundo especialistas, o conflito teria potencial para impactar economicamente o mundo inteiro. Os países da Europa Ocidental, por exemplo, temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários delesVostok/ Getty Images

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em meio à troca de acusações, os Estados Unidos dizem que há uma ameaça “iminente” de Moscou a Kiev e enviaram mais de 8 mil soldados para a Europa OrientalGetty Images

Putin reconheceu oficialmente a independência de duas regiões da Ucrânia controladas por separatistas pró-Rússia. Poucas horas depois, anunciou o envio de soldados para Donetsk e Luhansk, com a suposta missão de pacificar a áreaAlexei NikolskyTASS via Getty Images)

Como resposta, a União Europeia e os Estados Unidos proibiram transações econômicas com bancos e entidades que financiam o aparato militar da Rússia. As medidas atingem políticos russos, bancos, o setor de defesa e de mercados de capitaisGetty Images

O Ministério das Relações Exteriores russo informou que evacuou os últimos diplomatas em serviço no país vizinho. Para a chancelaria de Putin, os diplomatas russos correm risco de sofrer violência Getty Images

Sob risco de invasão, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, pediu mais armas aos países do Ocidente. Ele defendeu que essa seria uma forma de resistir contra a RússiaGetty Images
0
A Ucrânia vive o quinto dia de bombardeio. Kiev, capital e coração do poder, e Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, estão sob forte bombardeio.
Ataques
Dezenas de pessoas morreram em um bombardeio intenso na cidade de Kharkiv, no leste da Ucrânia, nesta segunda-feira (28), disse Anton Herashchenko, um assessor do Ministério do Interior do país.
“Kharkiv acabou de ser intensamente atingida por foguetes. Dezenas de mortos e centenas de feridos”, disse ele em uma publicação no Facebook.
[ad_2]
Fonte Notícia