Empresária que superou obesidade e perdeu 52 kg: “Tinha vontade de morrer”
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A obesidade é uma doença que afeta não só o corpo, mas também o emocional. Problemas psicológicos e excesso de peso muitas vezes estão interligados. A ansiedade e o estresse do dia a dia podem prejudicar a alimentação e favorecer o desenvolvimento do distúrbio. Por outro lado, o preconceito abala a autoestima e desencadeia transtornos como a depressão.
Foi o que aconteceu com a advogada e empresária Rosana Mello, 31 anos, que conviveu com a obesidade desde criança. Os problemas psicológicos começaram cedo, quando passou a sofrer bullying na escola. Os ataques iam de ofensas, agressões físicas até roubo de lanche pelos colegas.
“Tinha vergonha de sair de casa, por qualquer motivo, não queria que ninguém me visse. Tinha vontade de morrer”, desabafa. “Na adolescência, comecei a ter distúrbios alimentares. Passava longos períodos sem comer e, quando comia, vomitava”, completa a advogada, que fez acompanhamento psicológico dos 13 aos 25 anos.
As situações de preconceito afetaram a autoestima de Rosana e tiveram consequências até a vida adulta. Ela conta que teve problemas para se relacionar amorosamente e era insegura na vida profissional. “Não permitia que ninguém me tocasse, me sentia horrível. Tive relacionamentos muito abusivos, com pessoas que eu permitia que me agredissem e me colocassem pra baixo”, recorda.
Aos 24 anos, pesava 120 kg. Decidiu que era a hora de fazer a cirurgia de redução do estômago. A bariátrica veio acompanhada da mudança no estilo de vida, introduzindo hábitos alimentares mais saudáveis. Atualmente, ela pesa 68 kg e diz que se sente bem com o próprio corpo. Do passado, não guarda nem as fotos. “Rasguei tudo”, conta.
Além de advogada, é dona de um salão de beleza. “Meu maior foco é devolver a autoestima para as pessoas”. Com 52 quilos a menos, Rosana superou os traumas de infância, é casada e tem uma filha de 2 anos.
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O estigma em relação ao peso é um dos principais desafios a serem enfrentados por pessoas obesas. A médica Priscilla Proença explica que a obesidade é uma doença que abrange fatores metabólicos, comportamentais e emocionais. Por isso, o tratamento envolve diferentes profissionais.
“É uma doença complexa, com várias causas, e que exige um tratamento integral. Por isso, precisa ser respeitada”, explica. “O paciente com obesidade deve se amar a ponto de procurar ajuda”, alerta a especialista em obesidade e estilo de vida.
Dados alarmantes
A obesidade é caracterizada pelo excesso de gordura corporal. Para ser considerado obeso, o paciente precisa ter um índice de massa corporal (IMC) acima de 30 – o cálculo é feito levando em consideração peso e altura. A última Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que um a cada quatro adultos tem obesidade. O número equivale a 41 milhões de pessoas.
Alguns comportamentos são fundamentais para impedir o desenvolvimento da doença. “A prevenção consiste na conscientização sobre os fatores de risco: alimentação desequilibrada, sedentarismo, estresse, ansiedade e sono irregular, entre outros fatores”, esclarece Priscilla.
Apesar de ser bastante utilizada, a cirurgia bariátrica é um tratamento complexo e com riscos. A intervenção impõe uma mudança fundamental nos hábitos alimentares do indivíduo. Além das orientações técnicas e acompanhamento médico, o paciente precisa de acompanhamento nutricional, psicológico e do apoio da família em todas as fases do processo.
Alguns obesos possuem compulsão alimentar e, depois do procedimento, acontece de esse problema psicológico ser transferido para outra área da vida.
(*) Daniela Santos é estagiária do Programa Mentor, sob supervisão da editora Maria Eugênia
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