Jovem quilombola que passou em medicina sem ter energia elétrica, cria campanha para estudar – Notícias

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Matheus de Araújo Moreira Silva, 26 anos, ficou conhecido após ter sido aprovado no curso de medicina na UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) tendo estudado sozinho e sem energia elétrica.

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O jovem é morador de uma comunidade quilombola de Feira de Santana (BA) e agora enfrenta mais um desafio, continuar estudando. Filho de pedreiro e de dona de casa, Matheus criou uma campanha para arrecadação de dinheiro para pagar os custos da mudança e se manter durante o ensino presencial na universidade. O curso de medicina é período integral, o que não permite que o estudante trabalhe.







“Eu tenho recebido muitas mensagens de carinho, são pessoas que me veem como uma inspiração e me colocam como referência e são essas mesmas pessoas que têm se tornado a minha motivação”, comenta.

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 Para ajudar estudantes com os vestibulares e exames, mas também para arrecada recursos, Matheus criou o “Manual da Redação”. Um E-book com dicas e orientações aos estudantes que queiram atingir uma boa pontuação no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) — ele tirou 980 pontos na edição de 2020. “É uma forma das pessoas me ajudarem, e eu a elas compartilhando o que eu aprendi.”







A história do estudante quilombola viralizou na redes sociais e desde então ele tem recebido ajuda de celebridades como o ator Lázaro Ramos e a atriz Thaís Araújo, que se solidarizaram em apoio nas redes sociais ao jovem.


Para Matheus, se tornar referência em uma sociedade tão desigual é algo difícil. “Vivemos em um país onde não existem recursos e poucas políticas públicas, mas existem muitos que querem estudar”, desabafa. “Educação é para todos. Eu não quero que outras pessoas passem pelas dificuldades que eu enfrentei para alcançar os seus objetivos”, diz.


O início das aulas presenciais na UFRB está previsto para o dia 11 de abril.  “A vida do estudante de medicina é cheia de desafios, difícil de entrar na faculdade e mais difícil ainda de se manter”, conta. “Nesta nova etapa, eu enfrento a mudança de cidade. Por mais que esteja em um ensino público gratuito, eu vou ter custos com alimentação e moradia, mas a pergunta que paira é: por quanto tempo será que vou conseguir me manter?”, desabafa.


*Estagiário do R7 sob supervisão de Karla Dunder






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