Maior complexo nuclear da Europa foi danificado em bombardeios
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Se em Chernobyl a segurança da usina está momentaneamente garantida, a situação é diferente em Zaporizizhia, onde está o maior complexo nuclear da Europa. A invasão russa completou 14 dias.
Nesta quarta-feira (9/3), em comunicado divulgado no fim da tarde, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), confirmou que um transformador da usina foi desligado e que parte do sistema de resfriamento foi danificado após a troca de fogo entre forças ucranianas e russas em 4 de março.
Além disso, a autoridade nuclear das Nações Unidas afirmou que perdeu o acesso à transmissão dos dados do sistema de segurança da usina ucraniana sem motivos aparentes.
A agência não confirmou nenhum tipo de vazamento de material radioativo. A usina continua sob o controle de tropas russas. A central tem seis reatores.
Alvo de um bombardeio russo, a usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, pode causar uma tragédia 10 vezes maior que o acidente em Chernobyl, em 1986 – até então a maior catástrofe do tipo –, segundo alertou o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba. A central foi bombardeada pelo Exército russo na noite desta quinta-feira (3/3), pelo horário de Brasília.
A usina de Zaporizhzhia foi cercada em 2 de março. Tropas russas ocuparam o local e tomaram o controle da central nuclear.
A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerraAnastasia Vlasova/Getty Images

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito Agustavop/ Getty Images

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho e evitar avanços de possíveis adversários nesse localPawel.gaul/ Getty Images

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 kmGetty Images

Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país caso os ucranianos não desistissem da ideiaAndre Borges/Esp. Metrópoles

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do paísPoca/Getty Images

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiroKutay Tanir/Getty Images

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta OTAN/Divulgação

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por territórioAFP

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu territórioElena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do EstadoWill & Deni McIntyre/ Getty Images

O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários delesVostok/ Getty Images

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Chernobyl
O fornecimento de energia e equipamentos de segurança para a usina de Chernobyl está “totalmente” cortado após os ataques russos, segundo informação divulgada pela operadora ucraniana Ukrenergo, nesta quarta-feira.
A central nuclear “está totalmente desconectada da rede de energia elétrica, devido às ações militares dos ocupantes russos. O local não tem mais fornecimento de energia elétrica”, escreveu a operadora no Facebook.
O comunicado explica que os geradores de emergência diesel do local são ligados para fornecer sistemas de energia importantes para a segurança da usina. A produção da energia, porém, será suficiente para apenas 48 horas.
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