Rússia defende retorno ao relacionamento da Guerra Fria com EUA
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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia defendeu, nesta terça-feira (8/3), que o país e os Estados Unidos voltem ao relacionamento da Guerra Fria, com retorno ao princípio da “coexistência pacífica”. A informação é da Reuters, citando a agência de notícias Interfax.
Durante a Guerra Fria, período que abrange o fim da 2ª Guerra Mundial até a dissolução da União Soviética, em 1991, as duas potências evitaram embates diretos. Em vez disso, era dado apoio a conflitos regionais e empreendidas batalhas ideológicas e geopolíticas por influência global.
Além disso, mantinham sempre o mundo embaixo da sombra de uma possível guerra nuclear, devido aos armamentos construídos pelas duas nações.
A invasão da Rússia ao território ucraniano –possibilitando, segundo a Otan, o maior conflito armado na Europa desde a 2ª Guerra Mundial –trouxe, naturalmente, comparações com conflitos anteriores. Lembre os principaisSergei MalgavkoTASS via Getty Images

De 1992 até 1995, a guerra pela independência da Bósnia, envolvendo grupos étnicos que existiam na região, deixou cerca de 200 mil mortos e cidades destruídas. O conflito também ficou conhecido pela remoção da população bósnia-muçulmana do paísJasmin Merdan / Getty Images

Após declarar independência, em 1991, a Chechênia foi atacada pela Rússia, que não aceitou a decisão do Estado. Apesar da tentativa, o exército do país de Putin não obteve êxito e foi derrotado pelos chechenosimageBROKER/Carsten Reisinger/ Getty Images

O conflito, no entanto, se arrastou até 1996 e deixou o saldo de aproximadamente 46 mil pessoas mortas, cidades completamente destruídas e milhares de pessoas desabrigadas. Até hoje a violência dos russos durante a Primeira Guerra da Chechênia chama atenção. Além das centenas de assassinatos, tropas russas estupraram, mutilaram e torturaram os chechenosFrank Rossoto Stocktrek/ Getty Images

Em 1999, Kosovo entrou em guerra com a Iugoslávia pela independência. Sob o comando do presidente iugoslavo, Slobodan Milosevic, que não aceitava perder a província, forças sérvias atacaram o povo kosovar e cerca de 2 mil pessoas foram mortas. A guerra do Kosovo foi o primeiro conflito armado envolvendo a OTAN e foi a maior crise humanitária ocorrida na Europa desde o fim da 2ª Guerra MundialPer-Anders Pettersson/ Getty Images

Em 1999, após a Chechênia explodir um edifício russo, Putin mandou que tropas atacassem a capital de sua ex-república. A partir daí, os dois países declararam guerra. Mais de 40 mil pessoas morreram durante a 2ª Guerra da Chechênia, que foi considerada uma das mais brutaisliangpv e SimpleImages/ Getty Images

Conhecido como Guerra Russo-Georgiana, o conflito deixou mais de 800 pessoas mortas e, após a guerra, a Rússia reconheceu a independência de dois territórios separatistas da GeórgiaDavid H. Wells/ Getty Images

Recentemente, a relação conturbada entre Rússia e Ucrânia tem deixado o mundo em alerta. O conflito entre os países, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, o contexto histórico relacionado ao século 19 pode explicar a situaçãoWill & Deni McIntyre/ Getty Images

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho e evitar avanços de possíveis adversários nesse localPawel.gaul/ Getty Images

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por territórioSergei MalgavkoTASS via Getty Images

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 kmGetty Images

Após a Ucrânia não ceder às exigências de Putin, que incluem a não entrada do país na Otan, a Rússia invadiu o território ucranianoGetty images

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito iminente é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu territórioGetty images
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O ministério russo acrescentou que está aberto a um diálogo honesto e mutuamente respeitoso com os EUA e que permanece a esperança de que a normalidade nas relações entre os dois países possa ser restaurada, informa a Interfax.
Os EUA buscam adesão das potências ocidentais para um boicote ao petróleo russo. Caso efetivado, essa será a mais dura sanção imposta à Rússia em razão da invasão à Ucrânia.
O país de Vladimir Putin é um dos maiores produtores mundiais e exporta cinco milhões de barris por dia. A tensão em torno da guerra já fez o valor do barril passar dos US$ 130 e a tendência é de forte alta, fato que está levando consequências ao mundo todo. No Brasil, por exemplo, a política de paridade com o preço internacional entrou em xeque nesta segunda-feira.
Sanções
O recrudescimento dos ataques, com mísseis, atentados contra usinas nucleares e bombardeios contra civis ucranianos, fez a comunidade internacional impor sanções econômicas contra a Rússia.
Bancos do país comandado pelo presidente Vladimir Putin foram excluídos do sistema bancário global. Além disso, marcas e empresas suspenderam operações no país. O Banco Central e oligarcas russos, que são multimilionários, não podem realizar transações na Europa e nos EUA.
Além disso, a Rússia sofre pressão político-diplomática. Entidades como a União Europeia e a Organização das Nações Unidas (ONU) condenam a invasão.

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Fonte Notícia