Rússia diz ter aberto rota de fuga para civis em 5 cidades da Ucrânia
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Após impasses desde o fim de semana, as forças russas informam ter iniciado um cessar-fogo às 10h da manhã desta terça-feira (8/3) no horário local (5h em Brasília) para que civis possam deixar áreas conflagradas e onde já faltam recursos básicos.
Segundo a agência de notícias estatal russa Interfax, corredores humanitários foram abertos a partir da capital, Kiev, além de Cherhihiv, Sumy, Kharkiv e Mariupol.
A mídia local já mostra imagens de civis sendo evacuados. As imagens a seguir são de Sumy, cidade que chegou a ter áreas residenciais bombardeadas no final da noite de segunda (7/3). Autoridades locais informaram que ao menos 10 pessoas foram mortas nos ataques, incluindo crianças.
As promised by the #Ukrainian side, the green corridor in #Sumy has opened.
The first batch of citizens has already been evacuated. pic.twitter.com/zj5LmkV9xw
— NEXTA (@nexta_tv) March 8, 2022
Canais oficiais do governo ucraniano também publicam vídeos com cenas da evacuação. Ao menos 35 ônibus já saíram de Sumy, e mais de 20 toneladas de ajuda humanitária chegaram pelos corredores humanitários.
A Rússia já havia anunciado na segunda-feira que decretaria um cessar-fogo para rotas de fugas humanitárias nessas cinco cidades.
No entanto, logo após o anúncio, o embaixador da Ucrânia na Organização das Nações Unidas (ONU), Sergiy Kyslytsya, criticou a forma como os russos têm tratado o tema. Uma das principais queixas foi o fato de o país permitir a fuga somente para os territórios russo e bielorrusso.
Sinais de recuo
Neste 13º dia da invasão russa, as Forças Armadas ucranianas declararam mais cedo que o inimigo “continua em uma operação ofensiva, mas o ritmo de avanço de suas tropas diminuiu significativamente”.
O aparente recuo russo ocorre no momento em que as potências ocidentais intensificam as sanções econômicas sobre o país de Vladimir Putin e discutem seriamente um boicote ao petróleo russo, numa jogada que envolve a compra do produto na Venezuela pelos Estados Unidos.
Diante do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, o termo “corredores humanitários” tem sido utilizado no noticiário internacional para se referir à retirada de civis da área de conflito e para o fornecimento de suprimentos para as regiões ucranianas dominadas por tropas russasGetty Images

Os corredores são zonas desmilitarizadas, ou seja, não são ocupadas por forças militares e funcionam como uma forma de acesso legal dos civis a áreas fora da guerraGetty Images

A Organização das Nações Unidas (ONU) considera os corredores humanitários uma das formas possíveis de uma pausa temporária em um conflito armadoGetty Images

Os corredores são necessários quando as cidades estão sitiadas e a população está sem suprimentos básicos de alimentos, eletricidade e água. Para funcionar, todas as partes envolvidas no conflito concordam com a pausa temporáriaGetty Images

Na maioria dos casos, os corredores humanitários são negociados pela ONU. Às vezes, eles também são criados por grupos locaisGetty Images

Eles podem ser usados também para contrabandear armas e combustível para cidades sitiadas. Por outro lado, observadores da ONU, ONGs e jornalistas os utilizam para obter acesso a áreas contestadas Getty Images

O acesso aos corredores humanitários é determinado pelas partes em conflito. Geralmente, é limitado a atores neutros, à ONU ou a organizações de ajuda como a Cruz VermelhaGetty Images

Eles também determinam o tempo, a área e quais meios de transporte – caminhões, ônibus ou aviões – podem usar o corredorGetty Images

Corredores humanitários foram criados desde meados do século 20. Durante o chamado “Kindertransport”, de 1938 a 1939, crianças judias foram evacuadas para o Reino Unido de áreas sob controle nazistaGetty Images

Corredores humanitários também foram criados durante o cerco a Sarajevo, na Bósnia, entre 1992 e 1995, e para a evacuação da cidade de Ghouta, na Síria, em 2018 Getty Images

Em casos raros, as zonas são organizadas apenas por uma das partes em conflito. Isso aconteceu com o transporte aéreo americano após o bloqueio de Berlim pela União Soviética, de 1948 a 1949 Getty Images
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A fuga
Apesar das dificuldades, os ucranianos estão continuamente fugindo da guerra e indo principalmente para a vizinha Polônia. A Guarda de Fronteira Polonesa informou, nesta terça-feira (8/3), que 141.500 de ucranianos atravessaram a fronteira no último dia. Com isso, a Polônia já abriga 1,2 milhão de refugiados da guerra.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 1,7 milhão de pessoas saíram do território ucraniano desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.
O governo ucraniano veta a fuga de homens de 16 a 60 anos, de forma que a grande maioria dos refugiados são mulheres e crianças.
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Fonte Notícia