você sabe o básico de educação sexual?
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No dia 06/09 é celebrado o Dia do Sexo.
Tabu para alguns, diversão para outros, o tema é alvo de engajamento (por que será… 😏). Mas sabia que falar de sexo não significa saber sobre educação sexual?
Por isso, fizemos esse texto, em parceria com a Liga Acadêmica de Educação Sexual (LESex UERJ), para você saber o básico sobre o assunto.
Afinal, educação sexual vai muito além da mera busca por prazer. Vem saber o porquê 👇
Mitos sobre educação sexual
Para compreender melhor o que é educação sexual, vamos começar pelo que NÃO É educação sexual.
Educação sexual não é sinônimo de ensinar a fazer sexo
Primeiramente, vamos ao principal mito sobre o assunto.
Apesar de obviamente incluir o sexo como um dos seus temas, trabalhar com educação sexual não envolve professores ensinando seus alunos a fazerem sexo.
Abordar a educação sexual vai muito além falar sobre das relações sexuais.
Envolve também dialogar sobre autoconhecimento, prevenção e combate ao abuso infantil.
Ou seja, vai muito além do sexo propriamente dito.
E é importante dizer também que, embora tenha “educação” em seu nome, educação sexual não se restringe à escola.
Educação sexual não é erotizar crianças
Nesse sentido, também vale desfazer outro mito: o de que a educação sexual erotiza as crianças.
Não, educação sexual não significa ensinar a criança a fazer sexo.
Segundo a pesquisadora Mary Neide Figueiró, é bem diferente disso:
“Ela tem a finalidade de levar informação sobre tudo que diz respeito ao corpo para que as pessoas entendam de onde vieram”.
Isso, inclusive, é fundamental para ajudar a prevenir casos de abuso infantil.
E, para o pesquisador Jairo Bouer, o ideal é que as conversas sobre isso comecem antes dos 10 anos de idade.
Tanto em casa quanto na escola.
A Organização das Nações Unidas (ONU) é a favor de implementar um currículo para educação sexual nas escolas por entender que isso promove o autoconhecimento e a autonomia de crianças e adolescentes.
Educação sexual não é só sobre usar camisinha
Na linha do mito anterior, saber educação sexual não significa apenas usar camisinha.
Os métodos de prevenção de gravidez e IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) são apenas a ponta do iceberg.
A educação sexual também fala de assuntos mais profundos.
Exemplo: autocuidado, autoestima e relacionamentos, de forma geral.
Segundo a ONU, o tema é totalmente ligado à promoção dos direitos humanos – sendo, portanto, um direito:
“Seu objetivo é equipar crianças e jovens com conhecimento que os empodere a vivenciar saúde e bem-estar, desenvolver relacionamentos sociais e sexuais respeitosos”.
Mas o que é educação sexual?
A essa altura, você pode estar numa certa angústia pensando: “mas o que raios significa educação sexual então, gente?”.
Vamos aos fatos:
Educação sexual é autoconhecimento
Quando discutimos educação sexual, falamos sobre consciência corporal, autoconhecimento e sexualidade (vale dizer que ela vai muito além do sexo em si).
Tomar conhecimento sobre aquilo que nos dá prazer, nos agrada, e também daquilo que não gostamos é um processo de autoconhecimento.
E isso é fundamental para desenvolver competências socioemocionais a fim de viver bem em sociedade.
Educação sexual é saúde
Aqui, falamos tanto de saúde física quanto de saúde mental.
Ao saber sobre métodos de prevenção para um sexo protegido, preservamos nossa saúde física.
Conhecendo o nosso próprio corpo, identificamos o que nos gera prazer – o que ajuda a nossa saúde, de forma geral.
Compreendendo nossos próprios limites, desenvolvemos mais empatia para respeitar os limites do outro.
E isso melhora os relacionamentos interpessoais, o que impacta em nossa saúde mental.
Então, no fundo, tudo acaba contribuindo para a nossa saúde e qualidade de vida.
Educação sexual é empoderamento
Na linha da autoestima, o que se ganha com essa educação também é empoderamento.
Afinal, ao saber sobre nosso corpo e formas de preservar sua saúde, tomamos decisões melhores.
Além disso, por significar um processo de autoconhecimento, também ganhamos percepção sobre aquilo que nos faz bem.
Assim, conseguimos agir conforme essa consciência e nos empoderamos para buscar o que faz sentido pra gente.
Educação sexual é combate ao abuso sexual infantil
No último ano, por conta da pandemia e a migração para o ensino remoto, foram registrados aumentos de casos de violência sexual infantil.
Alguns especialistas entendem que isso é reflexo da distância do ambiente escolar, já que a maioria dos casos acontece dentro de casa.
Este ano, por exemplo, 6 crianças relataram abuso dentro de casa na primeira semana de volta às aulas.
A questão é séria e a educação sexual pode ser uma aliada para combatê-la.
Afinal, ao tomar noção das áreas de contato íntimo que pedem consentimento para serem tocadas, temos consciência quando um abuso ocorre.
Embora isso não impeça o abuso, pode levar as vítimas a exporem o problema no ambiente escolar – o que ajuda a evitar a ação dos abusadores.
Portanto, a educação sexual é importantíssima para combater o abuso sexual infantil.
E para não dizer que não falamos de sexo…
Claro que educação sexual também trata de sexo (mas, como dissemos, não é só isso).
O prazer dessa atividade precisa ser consciente. Afinal, quanto mais informações você tem melhor a própria atividade fica.
Então, esclarecemos algumas das dúvidas mais comuns sobre sexo para você mandar bem no assunto 😏
Sexo oral é sexo?
Sim! Sexo oral não conta como preliminar, mas sim como o ato sexual em si. Isso porque é considerado sexo qualquer contato com intenções eróticas.
Coito interrompido funciona?
É cilada, Bino. Fuja dessa, hein?!
Segundo especialistas da LESex, o risco de engravidar existe porque o líquido pré-ejacultarório, expelido antes da penetração, pode conter espermatozóides.
“Ah, mas seria muito raro isso acontecer, né?”.
Nem tanto.
Ainda segundo a LESEx, a cada 100 mulheres que praticam o coito interrompido em um ano, 20 engravidam.
Ou seja: há consideráveis 20% de chances de esse “método” falhar.
Então, nada de dar esse mole caso não queira uma gravidez agora, hein?
Por que usar camisinha?
Para além de prevenir uma gravidez indesejada, a camisinha ajuda a prevenir também HIV e IST.
Então, é uma forma de cuidar da sua saúde e do seu parceiro (ou da sua parceira).
Diferença entre DST e IST
Muitas pessoas ainda acham que DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) é sinônimo de IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis).
Mas o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis passou a usar “IST” no lugar de “DST”.
Segundo a diretora do Departamento, Adele Benzaken, isso ocorreu porque o “D” de “DST” dá a entender que já existe uma doença, o que implica em sintomas.
Já infecções podem ter períodos assintomáticos ou se mantém assintomáticas durante toda a vida.
E, nesse caso, elas só são detectadas por meio de exames laboratoriais.
Em outras palavras, isso significa que qualquer pessoa, mesmo sem apresentar sintomas, pode transmitir HPV.
Portanto, todos devem sempre se proteger.
A transmissão de IST é apenas pela penetração?
Não, não.
A transmissão pode ocorrer através de várias ações, como:
- Penetração;
- Sexo oral;
- Compartilhamento de brinquedos eróticos;
- Contato com fluídos corporais (sangue, lubrificação natural etc);
- Feridas expostas;
- E até com toque com a mão.
Ou seja: não importa se o sexo é entre pessoas de sexos diferentes ou entre pessoas do mesmo sexo.
Portanto, a necessidade de prevenção é necessária para qualquer pessoa.
A importância da prevenção combinada
Nesse sentido de prevenção, tem sido debatida ultimamente a prevenção combinada.
Resumidamente, isso significa um acordo entre os parceiros para:
- Realização regular de testagens;
- Carteirinha de vacinação em dia;
- Outras iniciativas a fim de checar se está tudo ok.
Para que serve a vacina contra HPV?
HPV é uma sigla em inglês para “papilomavírus humano”, vírus que infectam pele e mucosas e pode causar verrugas anogenitais e alguns tipos de câncer.
Existem mais de 150 tipos diferentes desse vírus. Por isso, essa vacina é tão importante. Ela confere proteção contra alguns desses tipos de HPV.
E é importante mencionar que ainda há uma crença de que a vacina foca apenas em prevenção de câncer de colo de útero. Isso não é verdade.
O HPV pode causar câncer no pênis, ânus e boca, podendo adoecer também o público masculino.
Portanto, é importante reforçar que os homens também precisam se vacinar.
A vacina contra HPV é mais indicada para crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos, por terem sido menos expostos ao vírus por relação sexual e terem maior produção de anticorpos.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza vacina para esse público gratuitamente.
Então, sempre que possível compartilhe essa informação.
Prevenção + SUS: o que o Sistema Único de Saúde oferece?
Diversos contraceptivos são oferecidos por clínicas particulares.
No SUS, de acesso gratuito para todos, você pode contar com os seguintes:
- Diu de cobre;
- Camisinha interna (para vaginas);
- Camisinha externa (para pênis);
- Minipílula;
- Injeção anticoncepcional (mensal e trimensal);
- Diafragma;
- Laqueadura;
- Vasectomia.
Quer acessá-los? Procure o posto de saúde mais próximo da sua casa 😉
Conclusão
Como mostramos, a discussão sobre educação sexual é profunda. Você curtiu o tema e quer se aprofundar nesse assunto?
Então, clique aqui e veja a Oficina “Não só de sexo vive a educação sexual”, papo super legal que rolou na XXIV BioSemana UFRJ.
Ah! E super recomendamos também que você siga o perfil da LESex. Assim, ficará por dentro das pílulas de conhecimento sobre o tema.
Esperamos que nesse Dia do Sexo você saiba que educação sexual vai muito além do sexo.
Que é um ato de cuidado não só contigo, mas com todos. E também um sinal de inteligência (diga-se de passagem, algo bem sexy 😏).
Aprendeu algo com essa leitura? Compartilhe o texto e mostre que você sabe a importância da educação sexual em nossas vidas 🧡
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Fonte da Notícia
Créditos: https://www.passeidireto.com/blog/