Voluntários brasileiros relatam atuação difícil na guerra da Ucrânia
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Rio de Janeiro – Em meio à guerra na Ucrânia, brasileiros radicados na Europa decidiram deixar o conforto de suas casas para ajudar refugiados. A tensão virou constância, de acordo com relato do engenheiro farmacêutico Rodolfo Caires, um dos voluntários.
Ele conta que, na busca por conterrâneos no país em conflito, passou por momentos de desespero. “Eu estava indo para Kiev por uma rota indicada pelo GPS quando um veículo do exército ucraniano me parou. Eu fui questionado e revistado, e um dos militares me proibiu de seguir em frente porque estava acontecendo um conflito com tropas da Rússia”, diz.
Enquanto mais de um milhão de pessoas já deixaram o país, segundo levantamento da Organização das Nações Unidas, Rodolfo e Clara Magalhães são alguns dos brasileiros que seguem no contra fluxo para fornecer todo o tipo de ajuda.
Rodolfo Caires na UcrâniaArquivo Pessoal

Há tanques de guerra perto de estradas ucranianasArquivo Pessoal

Estradas da Ucrânia estão com várias barreiras pelo caminhoArquivo pessoal

Fila para entrada na Ucrânia por Dorohusk, PolôniaArquivo Pessoal

Blitz revista carros na UcrâniaArquivo Pessoal
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A BrazUcra, iniciativa da qual a dupla faz parte, tinha como objetivo principal oferecer abrigo para refugiados brasileiros que vivem em solo ucraniano. Com a escalada dos ataques russos, um novo cenário surgiu e os desafios aumentaram.
“Quando me juntei ao grupo, percebi que muita gente precisava de acomodação, mas a maior dificuldade era em relação ao transporte. Eu decidi ir para ajudar com o transporte por carro, já que o espaço aéreo foi fechado”, conta o engenheiro farmacêutico.
Rodolfo e Clara têm se revezado na permanência nas áreas de fronteira da Ucrânia para que brasileiros não fiquem sem apoio nessas regiões. Quando não estão transportando refugiados, os dois ajudam com doações e outros tipos de suporte. Até o momento, o grupo já atuou no resgate de 28 pessoas, entre brasileiros e ucranianos, e já distribuiu mais de 300 quilos de suprimentos.
Preocupação e alegria
O engenheiro farmacêutico, que mora na Irlanda, é de Brasília, assim como a sua família. Seus pais, irmão e outros parentes foram contrários à sua ida para a Ucrânia no início de sua jornada como voluntário. Hoje, ele tem apoio de seus familiares e mantém contato sempre que possível.
Ele afirma que são muitas horas seguidas dentro do carro, dificuldades para alimentação e até mesmo para tomar banho.
Um dos casos mais marcantes foi o de uma família ucraniana que foi separada e que ele mesmo ajudou a reunir.
“O pai foi separado da família porque sua esposa e sua filha conseguiram entrar em um trem e ele foi barrado. Eu consegui levá-lo para a estação de destino. Foi muito emocionante ver a filha nos braços dele novamente. Os sorrisos que a gente recebe em forma de agradecimento fazem tudo isso valer a pena”, conclui.
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